O comandante-geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro, o coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, expulsou 22 policiais militares por envolvimento com o tráfico de drogas. Entre os expulsos da corporação, há um subtenente, 12 sargentos e nove cabos. Todos eram lotados no 15º BPM (Duque de Caxias), na Baixada Fluminense.
Esses 22 PMs expulsos foram presos em dezembro do ano passado com outros 37 policiais do mesmo batalhão durante a operação Purificação, da Polícia Federal e da Secretaria de Segurança Pública do Rio. As investigações mostram que os policiais recebiam propinas de traficantes do Comando Vermelho em 13 comunidades da cidade de Duque de Caxias para não reprimir a atuação dos criminosos. As investigações descobriram que os policiais ainda praticaram crimes de tortura, sequestro, extorsões, homicídios e até PMs comprando armas dos traficantes.
Em interceptações telefônicas, com autorização judicial, foram flagradas conversas em que traficantes reclamam da "cobrança" da propina pelos PMs. Em um outro momento, os policiais chegam a comprar por R$ 300 uma carabina de um traficante identificado como "Jefim". No dia 19 de junho do ano passado, um dos sargentos do 15º BPM deixou o dinheiro em uma casa da comunidade do Centenário e pegou dentro da geladeira a arma. Minutos depois da concretização do negócio, o policial e o traficante se falaram por telefone e selaram um pacto para manter a parceria.
Em outro momento, os policiais que integravam um grupo chamado de "Bonde da munição" sequestrou um jovem traficante e por ele pediu resgate. Como a família não podia pagar e os traficantes se recusaram a negociar, os PMs apresentaram o rapaz na 66ª DP (Piabetá).
No inquérito da PF há relatos de pagamentos de propinas aos policiais que variam de R$ 1 mil a R$ 4 mil. Os valores mudavam de acordo com a favela ou com o grupo de policiais de plantão.
Reprodução Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!