A polícia voltou a entrar na boate Kiss, em Santa Maria (286 km de Porto Alegre), na tarde desta segunda-feira (25), local da tragédia que matou 241 pessoas em incêndio no dia 27 de janeiro. Delegados da Polícia Civil da cidade foram acompanhados de outros policiais para a retirada de objetos e instrumentos musicais de Elissandro Spohr, o Kiko, um dos sócios da danceteria.
Um servidor da Receita Federal acompanhou a visita, pois há suspeita de que bebidas que eram comercializadas na casa entraram ilegalmente no país. Fiscais da Vigilância Sanitária também foram até o local com o objetivo de verificar em quais condições está um lote de bebidas, reivindicado por um fornecedor da boate. Ele alega que não foi pago pela venda e exige a mercadoria de volta.
Mais cedo, pela manhã, representantes da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia na boate Kiss se reuniram para estabelecer a posição que o grupo deve tomar durante o trâmite judicial do caso.
Segundo Adherbal Ferreira, presidente da associação, o foco é o apoio a quem perdeu um familiar. "Nossa prioridade é o resgate dos pais à vida. Mas nosso consenso, em relação ao inquérito, é de neutralidade. Preferimos deixar o promotor estudar o caso com paciência e, depois, analisaremos o que achamos certo ou errado para tomarmos posições."
"Temos de ter paciência e aguardar fatos mais concretos. Pode ser que nem todos os citados pelo inquérito sejam processados. Mas nossos filhos não vão voltar, seja com ou sem apuração. Mas queremos Justiça. É uma prioridade em nossas vidas. Mas que jamais seja um ato vingativo", afirma Ferreira, que perdeu a filha Jennefer Mendes Ferreira, 22.
Reprodução Cidade News Itaú
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