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sexta-feira, março 01, 2013

Justiça decreta prisão preventiva de envolvidos no incêndio de Santa Maria (RS)


<a href="http://noticias.uol.com.br/album/2013/02/04/incendio-em-boate-de-santa-maria-rs.htm#fotoNavId=pr9909388"><u>Familiares e amigos das vítimas do incêndio pedem por Justiça em ato que lembra um mês da tragédia</u></a>

O juiz Ulysses Louzada, da primeira vara criminal de Santa Maria (RS), decretou nesta sexta-feira (1º) a prisão preventiva dos sócios da boate Kiss, Elissandro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffman, e dos músicos da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha e Marcelo de Jesus dos Santos.

Os quatro estão detidos na penitenciária estadual de Santa Maria por participação no incêndio que matou 239 pessoas, no dia 27 de janeiro.

O juiz aceitou as justificativas dadas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público para decretar a prisão preventiva. Para Louzada, a medida é fundamental para a garantia da ordem pública. "Venho desde ontem analisando o pedido e vi que se justificava. O fato teve repercussão mundial. O mundo todo chorou com Santa Maria. Isso não pode ser descartado", afirmou.

O magistrado disse ainda que a prisão preventiva não significa, porém, que os quatro sejam culpados ou responsáveis pela tragédia.  

Com a decisão da Justiça, a polícia ganha mais dez dias para concluir o inquérito sobre o incêndio. Na quinta-feira (29), o delegado Marcelo Arigony --responsável pelas investigações-- afirmou que o tempo pode não ser o suficiente para finalizar o inquérito.

"Este período talvez não seja suficiente, mas é um tempo bastante razoável. Estamos tomando cerca de dez depoimentos por dia, talvez já tenhamos as perícias do IGP durante este prazo", disse.

O outro lado
Na quarta-feira (27), o advogado Jader Marques, que representa Elissandro Spohr, afirmou ao UOL que já aguardava o pedido de prisão preventiva.

"A prisão preventiva já poderia ter sido pedida no início. Se é cabível hoje, também era lá atrás. O próprio Kiko se ofereceu para ficar preso por mais 30 dias até o fim das investigações, mas a polícia quer trabalhar sem prazo", disse.

Após os dez dias, os delegados decidirão se tentarão outra medida para conseguir prorrogar ainda mais o prazo.

Reprodução Cidade News Itaú

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