Por duas semanas o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) passou o pente fino na indústria salineira do Rio Grande do Norte. A operação Ouro Branco, desencadeada no último dia 18 de fevereiro e encerrada na última quinta-feira, 28, fiscalizou 35 empresas produtoras de sal marinho em Mossoró, Galinhos, Guamaré, Macau, Porto do Mangue, Grossos e Areia Branca, constatando crimes ambientais em todas elas, sem uma única exceção, conforme informou o Analista ambiental do Ibama e coordenador da operação no estado, Frederico Fonseca.
De acordo com o balanço final apresentado na última sexta-feira, 1°, a operação resultou em 98 autos de infração, 19 áreas embargadas, 45 notificações para apresentação de documentos e multas milionárias aplicadas no valor total superior a R$ 80 milhões.
Frederico relatou que foram constatados crimes ambientais do menor ao maior potencial ofensivo. Verificou-se também a ausência de licenças ambientais em muitas empresas e irregularidades ou não preenchimento das empresas no cadastro técnico federal. “Todas as empresas, sem exceção, tem algum tipo de irregularidade, como o afogamento de manguezais, que é uma questão muito séria”, ressaltou o analista.
Outros crimes observados foram: ocupação de áreas de margens de rio, conflitos socioambientais com pescadores e caçadores de caranguejo e até a morte de animais.
A operação não prejudicou a produção de sal, pois não houve embargo de áreas produtoras.
A operação vinha sendo planejada desde 2010 e contou com a atuação de 21 agentes federais do Ibama dos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas, Pernambuco e Espírito Santo e também da Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama-sede, de Brasília.
Reprodução Cidade News Itaú
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