O conclave que irá eleger o sucessor de Bento 16 terá início na próxima terça-feira (12). Uma missa para o próximo papa será celebrada na Basílica de São Pedro na manhã de terça e os cardeais eleitores ingressarão na Capela Sistina à tarde. A informação foi confirmada pelo Vaticano na tarde desta sexta-feira (8).
A eleição será realizada 12 dias após a renúncia de Bento 16, oficializada no dia 28 de fevereiro. Tradicionalmente o Vaticano determina que o conclave comece no período de 15 a 20 dias, depois do início da sé vacante --expressão que representa que o lugar do papa está vago. Mas a antecipação do processo foi viabilizada por um decreto publicado pelo pontífice antes de deixar o cargo.
A escolha do novo papa será realizada por 115 cardeais, sendo cinco deles brasileiros: dom Raymundo Damasceno Assis, 76; dom Odilo Scherer, 63; dom Geraldo Majella Agnelo, 79; dom Cláudio Hummes, 78; e João Braz de Aviz, 64.
São aptos a votar apenas os religiosos que têm menos de 80 anos. A participação, segundo o Vaticano, é obrigatória. A falta só será permitida mediante a justificativa, como é o caso do cardeal Julius Riyadi Darmaatmadja, arcebispo emérito de Jacarta (Indonésia), que não comparecerá ao evento por motivos de saúde.
Todos os eleitores ficaram confinados durante todo o conclave. Cada cardeal escreve o nome do candidato escolhido em uma cédula sob a frase "Escolho como sumo pontífice" e deposita seu voto em uma urna. Os nomes escritos nas cédulas são lidos em voz alta pelo camerlengo e seus três assistentes.
É declarado papa aquele que obtiver dois terços mais um dos votos dos cardeais. Se nenhum cardeal receber a quantia necessária, as cédulas são queimadas, uma fumaça preta sai da chaminé da Basílica de São Pedro e a votação é retomada. Se os cardeais não chegarem a um consenso até o quarto dia de votação, uma pausa será feita para oração e diálogo entre os eleitores.
A votação reinicia no sexto dia e vai até o 12º. Outras pausas são feitas no sétimo e décimo dia. Após 12 dias e 34 votações, o sistema muda e a escolha passa a ser entre os dois mais votados. No entanto, permanece o quórum de dois terços.
Quando o novo papa é escolhido, uma fumaça branca sai da chaminé e soam os sinos da basílica como sinal de que a votação chegou ao fim. Após a escolha, o novo papa é apresentado aos fiéis com a frase "Habemus Papam!".
Reprodução Cidade News Itaú
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