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sábado, março 30, 2013

Delegado descarta participação de vizinha de manicure em crime no RJ


Manicure Susana do Carmo está em Bangu (Foto: Divulgação / Seap)Susana está em Bangu (Foto: Divulgação / Seap)
Menino encontrado em mala é sepultado em Barra do Piraí (RJ) (Foto: Reprodução Globo News)Menino foi encontrado em mala  (Foto:
Reprodução Globo News)
O taxista Rafael Fernandes, contratado pela manicure Susana do Carmo Figueiredo, que confessou a morte de João Felipe, de 6 anos, em Barra do Piraí, no Sul Fluminense, contou a polícia, em depoimento na quarta-feira (27), que ouviu a voz de uma vizinha quando ligou para pedir que ela soltasse a criança. Segundo o delegado João Mário de Omena, que investiga o caso, a vizinha teria gritado ao fundo da ligação para que Susana liberasse o menino, mas a hipótese de que ela tenha tido participação no crime está descartada.

“Se essa vizinha soubesse que a criança estava morta dentro de uma mala logo ao lado da casa dela, ela não faria nenhum apelo para que a manicure soltasse o menino. É uma questão lógica. A Suzana fez tudo sozinha, arrumar um cúmplice só vai ajudar ela. Não cabe mais ninguém nessa ação. Se tivesse algum participante nisso tudo, ele teria abandonado ela”, disse o delegado.
Logo após saber do sequestro e perceber que havia transportado a criança e a suspeita do assassinato, Rafael ligou para o telefone fixo, que fica na casa da vizinha e Susana tinha usado para chamá-lo, e questionou o que ela faria com João. Mesmo com convicção de que Suzana agiu sozinha, o delegado não descarta a possibilidade de convocar a vizinha a depor.

“Uma testemunha a mais não faz falta. Impede que a Suzana invente mais. Se tivesse escapado, ela iria embora e ninguém nunca mais a acharia. Ela não tem nada que a prenda lá [em Piraí]. Não tem emprego, residência alugada”, explicou Omena.

Mapa e cronologia do crime em Barra do Piraí (Foto: Editoria de Arte/G1)
Presa em Bangu
Susana, que está presa no Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio, confessou ter matado João Felipe na segunda (25), depois de ligar para a escola onde ele estudava se passando pela mãe, pedir para que ele fosse liberado da aula e colocado em um táxi. O garoto foi levado para o Hotel São Luís, onde acabou asfixiado. O corpo foi colocado em uma mala e achado pela polícia na casa de Susana. Uma das cinco versões dadas à polícia pela suspeita era de que o motivo do crime seria se vingar do pai da criança, com quem teria um relacionamento.
O delegado agora vai aguardar os laudos e pretende ouvir outras testemunhas na próxima semana, entre elas a camareira do hotel e os pais da criança.
Pai nega caso com manicure
O pai do menino, o empresário Heraldo Bichara Júnior, negou qualquer envolvimento com Susana.
“Nunca houve nada entre a gente”, afirmou Heraldo em entrevista ao G1. Ele disse ainda que João Felipe não tinha autorização para ser retirado do Instituto de Educação Nossa Senhora Medianeira por nenhum táxi
“Era sempre a mãe dele quem buscava e levava. Nunca mandamos táxi. Inclusive no início do ano foi nos dado uma ficha de autorização que a gente preencheu informando quem seriam as pessoas que poderiam buscar o João na escola. E somente eu, a Aline (mãe do garoto), meu pai e uma cunhada, que também tinha os filhos estudando no colégio, poderiam buscar ele na escola. Mas era sempre a Aline quem levava e buscava”, revelou.
Heraldo Jr. afirmou ainda que a família não pensa em processar a escola. “Não pensamos nisso, mas o colégio não pode querer jogar, dividir a culpa com a gente, que não temos. Essas versões apresentadas agora pelo colégio não condizem com a verdade”, concluiu.

Reprodução Cidade News Itaú

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