Páginas

quarta-feira, março 13, 2013

Curtos na rede elétrica de escola do RN deixam pais e alunos apavorados



As paredes de uma escola pública estão dando choque no interior do Rio Grande do Norte. Esta é a situação da Escola Estadual Antônio Carlos, na cidade de Caraúbas, na região Oeste do estado, onde a estrutura elétrica, totalmente comprometida, já provocou cinco circuitos na rede de energia. A caixa de disjuntores, inclusive, pegou fogo e mais de 200 alunos tiveram que sair correndo. Pais, professores e alunos temem que aconteça um acidente mais grave. As aulas estão suspensas há uma semana, conforme mostra reportagem do Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi.
A aluna Ana Vitória presenciou o último princípio de incêndio na escola. “Começou um cheiro de fumaça horrível. E quando a gente sente cheiro de fumaça, pensa logo que é fogo. Então mandaram a gente pegar as bolsas. Muita gente saiu correndo e tropeçando nos degraus”, contou a estudante.
Esta não foi a primeira vez que a vida dos mais de 600 alunos e funcionários foi colocada em risco. Tudo começou quando a escola recebeu um prêmio em dinheiro e decidiu instalar centrais de ar condicionado nas salas de aula para dar mais conforto e amenizar o forte calor. Mas, por ser muito antiga, a rede elétrica não suportou a carga de energia.
Em resposta, a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Educação informou que o problema na rede elétrica será resolvido assim que for concluído o processo emergencial de licitação para os reparos. Enquanto isso, os aparelhos de ar condicionado serão retirados e as salas ficarão com a ventilação natural. De acordo com a Secretaria, isso deve acontecer ainda esta semana, para que as aulas sejam retomadas em seguida.
“Após vários curtos circuitos, a Secretaria, em junho, mandou uma equipe de Natal para fazer um serviço. Eu expliquei que a gente tinha aparelhos de ar condicionado para colocar nas salas, devido a escola ser muito quente. Todo mundo sabe que a gente tá enfrentando uma seca. A escola aqui é muito quente e a ventilação é muito pouca. Então, pensando em um melhor conforto para os nossos alunos e professores, nós colocamos as centrais, tudo garantido pela empresa que poderia ser colocado que o serviço estava completo”, explicou Conceição Gurgel, diretora da escola.
De junho do ano passado até agora já foram cinco princípios de incêndio. Um deles, aconteceu na sala de informática. Por sorte, não havia alunos no momento. Mas, diante do risco, os pais decidiram formar um comissão e solicitar ao Ministério Público que seja realizada uma vistoria na rede elétrica da escola.
Adenilde Praxedes, que é pedagoga, disse que este problema já vem se alastrando há vários meses. “Tudo notificado, fizemos reuniões com atas, ofícios. Já foram cinco princípios de incêndio nesta escola. Então é para esperar o quê? Acontecer o incêndio?”, reclamou.
A tradicional escola, que completa 104 anos nesta sexta-feira, dia 15, agora está vazia. Os pais garantem que só deixarão os filhos retornarem às aulas quando tiverem de que não há mais perigo.
“Só volta se vierem fazer a instalação toda. Porque nenhuma mãe tem coragem de botar o filho pra vir pra escola com esse problema”, alertou Marluce Silva, mãe de um aluno. “A gente viu esse incêndio lá em Santa Maria. Por que não pode acontecer aqui também? Por que o Corpo de Bombeiros não pode interditar esta escola? Ou vir aqui fazer uma vistoria?”, indagou Rita Rosalba, que também é mãe de um estudante.

Reprodução Cidade News Itaú

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!