As chuvas que caíram na região do Alto Oeste Potiguar no mês de fevereiro ainda não foram suficientes para garantir aos agricultores dias tranquilos e longe da estiagem. O Governo do Estado está concluindo, em mais 15 dias, o programa de cisternas na região, mas as poucas chuvas não bastaram para encher os reservatórios. Com capacidade para 16 mil litros, eles estão com menos de ¼ de água, o que tem levado os agricultores a fazer concessões severas quanto ao uso.
No pequeno povoado de Baixas, no município de Luís Gomes, a dificuldade é tanta que chega a ser um contraste com o sorriso fácil de dona Maria de Lourdes Soares, 66 anos, e o alvoroço das crianças cada vez que a bomba é manejada para puxar a água da cisterna. “Como não choveu muito a gente tem que poupar esse pouquinho que deu para juntar”, comenta a aposentada. Lá, a água é escassa e o acesso para se chegar ao pequeno distrito mais parece um rally de aventura.
Aliás, foi essa dificuldade de acesso um dos critérios para que a pequena localidade, onde vivem 28 famílias, entrasse no Programa Nacional de Cisternas (P1MC), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome-MDS, e que levou o governo do Rio Grande do Norte, através da Secretaria de Trabalho e Assistência Social, a fazer um desembolso de R$ 1,5 milhão, a título de contrapartida, para que o programa pudesse ser executado no Estado.
Reprodução Cidade News Itaú via Cardos Silva
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