Um ataque suicida matou 42 pessoas e feriu 84 na mesquita Al Imán, no bairro de Mazraa, centro de Damasco, segundo o Ministério da Saúde da Síria.
O importante clérigo xeque Mohammad Said al-Bouti, um líder sunita favorável ao regime do contestado presidente Bashar al-Assad, morreu no incidente.
Seu neto também
A Síria enfrenta uma violenta guerra civil há dois anos, com rebeldes armados tentando derrubar o governo de Assad.
A violência matou mais de 70 mil pessoas, segundo a ONU, e criou uma grande crise de refugiados que afeta os países vizinhos.
Pertencente a uma grande tribo dividida entre Síria, Turquia e Iraque, o religioso, nascido em 1929, era titular de um doutorado em ciências islâmicas da célebre Universidade Al Azhar, do Cairo.
Depois da notícia do atentado, uma emissora estatal de televisão interrompeu sua programação para emitir versículos do Corão, o livro sagrado do Islã.
O chefe da Coalizão Nacional Opositora síria, Ahmed Moaz al-Khatib, condenou com dureza o atentado.
"Qualquer um que tenha feito isso é um criminoso. E suspeitamos que tenha sido o regime", disse, acusando o governo do presidente Bashar al-Assad de ter matado há alguns dias uma outra autoridade religiosa, Riad al-Saad.
Khatib, que também é um líder religioso, acrescentou que conhecia Bouti, respeitado por sua erudição em matéria de teologia islâmica, mesmo que não estivesse de acordo com sua escolha de apoiar vigorosamente Assad.
"Nossa religião e nossos valores não permitem tratar as divergências de opinião com assassinatos", declarou.
Reprodução Cidade News Itaú
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