segunda-feira, março 04, 2013

Após receber alta, sobrevivente de incêndio na Kiss volta ao hospital



Depois de passar cerca de duas semanas no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, em tratamento após sobreviver ao incêndio da boate Kiss, em 27 de janeiro, Lauro Marçal precisou retornar ao hospital alguns dias após receber alta. Desta vez, o estudante de Direito, de 30 anos, procurou atendimento em Santa Maria, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV (veja o vídeo). Ele sofreu queimaduras na traqueia e nos pulmões e está com 68% da capacidade pulmonar, segundo os médicos. Lauro foi um dos 570 feridos que foram atendidos pelos serviços de saúde da cidade, segundo o governo federal. A tragédia deixou 240 mortos.
“Me pegou de surpresa porque passei quatro dias e depois da alta voltou a dor. Até então eu achei que fosse outra doença, mas o médico descartou. Fiz uma bateria de exames e disseram que por causa da lesão a sensibilidade do meu pulmão está lá embaixo”, define o estudante, que está em observação no Hospital Universitário. “O que a gente tiver de enfrentar, a gente enfrenta. Sempre fui um cara muito ativo, praticava esportes, atividades físicas. Como eu tive uma lesão no pulmão, a recuperação é muito lenta. Estou louco para começar logo esse tratamento para me recuperar o mais rápido possível”.
A orientação do Ministério da Saúde é para que haja um acompanhamento médico tanto dos pacientes que receberam alta, quanto das pessoas que estiveram na boate por algum motivo ou participaram do resgate. Estas pessoas podem ter inalado a fumaça tóxica liberada pelo incêndio e que é apontada pela polícia como a principal causa das mortes.
As consultas para os envolvidos no incêndio serão realizadas no Hospital Universitário de Santa Maria que já começou a fazer o atendimento ambulatorial. Os pacientes vão participar de um mutirão de atendimento clínico e psicosocial, promovido pelo ministério. Para isso, é necessário fazer um cadastro no site do Ministério da Saúde, ou então ligar para o número 136.

Reprodução Cidade News Itaú

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