Ouvido duas vezes pela polícia, o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, disse em depoimento que a boate Kiss estava superlotada na madrugada de domingo (27). O grupo se apresentava quando um incêndio atingiu a casa noturna e deixou 236 mortos em Santa Maria. O Jornal Nacional teve acesso ao conteúdo do depoimento (veja o vídeo).
De acordo com testemunhas, o vocalista segurou o sinalizador que teria começado o fogo na boate. No relato à polícia, Marcelo ainda disse que Kiko nunca fez comentários para que fosse feito uso moderado dos efeitos pirotécnicos. Ele afirmou ainda que havia fogos de pirotecnia colados em garrafas de champagne. O G1 procurou o advogado de Spohr, Jader Marques, que ainda não se pronunciou.
Nos depoimentos, Mauro Hoffmann, um dos sócios da boate, disse que comprou 50% das cotas da boate Kiss por R$ 500 mil em 2011. Segundo ele, sua relação com a boate era apenas financeira, sem "participação na administração". A versão foi contestada em depoimento por Ângela Callegaro, irmã de Elissandro Spohr, o Kiko, outro sócio da boate.
Ângela afirmou que Elissandro não administrava o local sozinho. Segundo ela, todas as "decisões e assuntos importantes" eram discutidos entre Elissandro e Mauro. O depoimento dela foi decisivo na renovação da prisão temporária de Hoffmann.
Um funcionário da loja que vendeu o sinalizador para a banda Gurizada Fandangueira disse ao Jornal Nacional que o vocalista preferiu comprar o produto mais barato. "Falei pra ele esse custa R$ 75. Ofereceu um preço pra ele a R$ 50, mais barato. Ele não quis porque era muito caro", relatou.
Reprodução Cidade News Itaú
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