Após a decisão da Conmebol em punir o Corinthians pela tragédia ocorida em Oruro, na Bolívia, alguns corintianos, indignados com a proibição da presença da torcida alvinegra nos jogos da Libertadores até que o caso seja resolvido, decidiram organizar atos para a próxima quarta-feira, quando o Corinthians enfrenta o Millionarios (COL), no Pacaembu.
"Você Corintiano! Está convocado para aparecer na Praça Charles Miller", diz o pôster de uma das campanhas, lançada no Facebook e que destaca a face de Andrés Sanchez, ex-presidente do clube. A imagem é uma referência à clássica figura do "Tio Sam", personificação nacional dos Estados Unidos da América, e utilizado na Primeira Guerra Mundial para convocar os americanos.
Outra imagem também já circula pelas redes sociais. "Se lá dentro cabem 40 mil e não nos deixarem entrar, lá fora cabem 1 milhão gritando sem parar! Vai ser a maior festa que esse país já viu", são os dizeres da campanha.
A intenção é reunir o máximo de torcedores possíveis para estarem presentes na Praça, que fica localizada na frente do estadio do Pacaembu, no dia do jogo contra os colombianos.
Entenda o caso
Um triste incidente manchou a história do futebol na noite da última quarta-feira. Durante a estreia do Corinthians na Libertadores, contra o San José, na Bolívia, o torcedor local Kevin Beltran Espada, de 14 anos, morreu depois de ser atingido no olho por um sinalizador. O ocorrido pode resultar na perda de pontos ou até na exclusão do Timão no torneio continental.
Isso porque, de acordo com a polícia boliviana, o artefato foi lançado pela torcida corintiana que foi ao Estádio Jesús Bermudez, na cidade de Oruro. O jovem era nascido em Cochabamba, cidade onde o Timão se concentrou para sua estreia. Ele viajou para assistir à partida e foi atingido no olho pelo artefato. O torcedor foi levado ao Hospital Obrero, em Oruro, mas não resistiu aos ferimentos.
O ocorrido, obviamente, gerou revolta da torcida do San José e total comoção do Corinthians. Logo que ficaram sabendo do incidente, os torcedores começaram a chamar os corintianos de “assassinos” e os juraram de morte. Os atletas que não haviam sido relacionados e alguns membros da comissão técnica tiveram que sair do camarote onde assistiam à partida para não serem agredidos.
Enquanto isso, o técnico Tite e o gerente de futebol Edu Gáspar choravam pelo ocorrido. O treinador chegou a dizer que trocaria o título mundial que conquistou no ano passado pela vida do garoto. Já o dirigente lembrou que poderia ter acontecido com qualquer um e não conseguiu segurar a emoção ao mencionar que seu filho também vai a estádios de futebol, além de oferecer assistência para a família da vítima.
Em seu site oficial, o clube divulgou uma note de pesar. Apesar da morte do garoto, no entanto, o diretor de futebol Roberto de Andrade não acredita muito em uma punição ao Timão.
A polícia deteve 12 torcedores do Corinthians, que permanecem na Bolívia até a apuração do caso. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o presidente do San José, Freddy Fernandez, afirmou que os policiais têm certeza de que o sinalizador foi disparado pela torcida brasileira.
Reprodução Cidade News Itaú
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