O governo do Acre afastou, na noite desta quarta-feira (20), um técnico em enfermagem suspeito de abusar sexualmente de uma paciente dentro do pronto-socorro do hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco.
O caso teria acontecido, segundo a denúncia, entre os dias 11 e 12 de fevereiro. A suposta vítima, uma mulher de 40 anos que fazia tratamento de desintoxicação por uso de substâncias químicas, relatou ter acordado com mãos, pés e o tórax amarrados. A identidade dela não foi divulgada.
"Ele desabotoou a blusa até embaixo, tirou minha roupa, dizendo que ia me dar um banho; apalpou meus seios e introduziu o dedo nas minhas partes íntimas", afirmou a paciente, em um depoimento informal à direção do hospital. Ela contou ainda que foi abusada por cerca de uma hora e, por estar amordaçada, não teve reação.
"Este homem não é um profissional, ele é um monstro", disse a mãe da paciente, que também não teve seu nome revelado.
Em nota, a secretária de Saúde do Acre, Suely Melo, informou que a direção do hospital abriu processo administrativo para apurar o caso. Ainda de acordo com a titular da pasta, o funcionário em questão tem 15 anos de serviço público.
"Toda providência cabível será tomada. Não admitiremos qualquer forma de violência. Este rapaz não trabalhará mais conosco, se a sua culpa for confirmada" diz o comunicado.
Suspeito nega, mas seria reincidente
O técnico em enfermagem nega as acusações. Ao ser comunicado de seu afastamento, o servidor disse que a mulher entrou em crise de abstinência e lhe pediu um cigarro. "Ela estava fora de si e disse que faria qualquer coisa por uns tragos", argumentou.
Segundo a diretora-geral do pronto-socorro, Helyadya Prudêncio, no entanto, o suspeito já teve o nome envolvido em um caso semelhante.
Após a divulgação do caso pela imprensa, a direção da unidade de saúde informou que vai colher, nesta quinta-feira (21), o depoimento da paciente que também alega ter sido molestada. Um relatório será entregue à secretaria de Saúde até segunda-feira (25), recomendando ou não a demissão do servidor.
A desintoxicação de pacientes dependentes químicos é feita numa ala reservada da unidade de saúde. Apenas um profissional de saúde e o paciente permanecem dentro da sala durante as sessões de tratamento, que são agendadas. A paciente havia completado o ciclo de tratamento e cumpria retorno. Segundo a direção do hospital, ela sofre de transtorno bipolar.
Reprodução Cidade News Itaú
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