A segunda testemunha que depôs nesta quinta-feira (21), quarto dia de júri do estudante Gil Rugai, é o vigia Fabrício Silva dos Santos. Ele trabalhava em uma guarita de vigilância perto da residência onde o casal Luiz Carlos Rugai e Alessandra de Fátima Troitini foi morto a tiros, em março de 2004, na rua Atibaia, em Perdizes (zona oeste de São Paulo).
Santos disse não ter visto ninguém deixar o local do crime na noite do dia 28 daquele mês. Ele trabalhava em uma guarita na rua Traipu, que fazia fundo à residência do casal, e disse ter ouvido "três barulhos –nenhum outro, depois disso". De acordo com o vigia, ele teria visto seu companheiro de trabalho em outra rua –a Atibaia, a da frente da casa –dentro da guarita.
Esse primeiro vigia é testemunha-chave no processo. Arrolado pela acusação, ele foi o primeiro a ser ouvido no júri em que o estudante é julgado, na última segunda-feira (18), e foi também a única testemunha até agora a dizer que Rugai deixou o local do crime minutos após serem ouvidos disparos.
Aspecto de divergência entre defesa e acusação, o primeiro vigia disse inicialmente estar na guarita, e, em juízo, que estaria fora dela –de modo que poderia, argumentou, ter visto Rugai e outro homem deixarem a casa. Até hoje esse segundo indivíduo não foi identificado. O vigia de hoje disse ter visto o colega fora da cabine, que foi queimada, dias depois, em um incêndio criminoso cuja autoria foi investigada, mas nunca foi descoberta.
Motorista é última testemunha a depor
A terceira e última testemunha a depor é Francisco Luiz Valério Alves, motorista de um vizinho do casal assassinado. Segundo a acusação, Alves teria ouvido a confissão do primeiro vigia na delegacia, mas na saída de um primeiro depoimento no qual negara ter visto Rugai deixar o local. A Alves, no elevador do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), o vigia teria confidenciado que não era "louco" de admitir que vira Rugai no local do crime pois tinha medo de retaliações.
Reprodução Cidade News Itaú
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