O Vaticano confirmou nesta quinta-feira (14) que o Papa Bento XVI bateu sua cabeça durante sua viagem ao México e a Cuba, mas negou que isso tenha tido influência na sua decisão de renunciar ao pontificado.
A informação havia sido divulgada pelo jornal italiano "La Stampa" e foi confirmada pelo porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, que disse que o incidente "não foi importante para a viagem" nem influiu na decisão do Papa, divulgada na segunda-feira passada, de renunciar ao pontificado em 28 de fevereiro.
Segundo o jornal, um prelado contou que, na manhã do dia 25 de março de 2012, último dia da estadia de Bento XVI na cidade mexicana de León, o papa apareceu com sangue no cabelo no convento onde estavam hospedados.
Imediatamente, seus colaboradores perguntaram o que tinha acontecido, e o pontífice contou que não tinha caído, mas que tinha batido a cabeça contra o lavabo quando entrou no banheiro às escuras e procurava pelo interruptor de luz.
O ferimento foi pequeno, segundo o prelado, e o papa seguiu com sua agenda. Médicos e colaboradores não comentaram nada, e o fato não havia sido divulgado até agora.
O "La Stampa" lembrou que a decisão do Papa de renunciar durante sua visita ao México e Cuba também foi confirmada há vários dias pelo diretor do jornal do Vaticano "L'Osservatore Romano", Gian Maria Vian.
Vian escreveu no último dia 11, após o anúncio do pontífice, que a decisão havia sido tomada "há muitos meses, após a viagem ao México e Cuba e após examinar repetidamente sua própria consciência diante de Deus".
Lombardi, sem desmentir Vian, disse que o papa não tomou sua decisão naquele momento, mas era uma ideia que vinha à sua cabeça há muito tempo, como se pode constatar no livro-entrevista "Luz do mundo", publicado pelo jornalista alemão Peter Seewald em 2010.
Reprodução Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!