As ondas infrassônicas do meteoro que explodiu no ar sobre os Montes Urais, na Rússia, na última sexta-feira (15), foram as maiores registradas até agora pelo sistema de vigilância da Organização do Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares (CTBTO, na sigla em inglês), informou a entidade.
A organização com sede em Viena conta com uma ampla rede de estações de medições - sísmica, de acústica submarina, de infrassom e de radionuclídeos - ao redor do planeta para poder detectar uma explosão atômica em qualquer canto do mundo.
"A explosão foi detectada por 17 estações de infrassom da rede", afirmou comunicado do CTBTO.
"Sabíamos que não era uma explosão fixa porque podemos ver a mudança de direção quando o objeto se dirige ao planeta Terra. Não há uma única explosão", diz Pierrick Mialle, cientista da organização, sobre como é possível distinguir esse tipo de explosões de outras, tais quais detonações de minas e erupções vulcânicas.
"Cientistas de todo o mundo usarão nos próximos meses e anos os dados da CTBTO para compreender melhor estes fenômenos e aprender mais sobre a altitude, a energia liberada e como o meteoro explodiu", acrescentou Mialle na nota.
A organização disse que a estação mais distante que registrou esse som com uma frequência menor que 10 Hz (abaixo do espectro audível do ouvido humano) se situa na Antártida, a 15 mil quilômetros do local. Estima-se que a emissão de ondas de baixa frequência causadas pela explosão começou às 0h22 (horário de Brasília) do dia 15 de fevereiro.
Até esse momento, o maior evento de infrassom registrado pela rede da CTBTO tinha sido a explosão de um asteroide na atmosfera sobre a Indonésia, em outubro de 2009.
Reprodução Cidade News Itaú
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