A Igreja Católica do Rio Grande do Norte irá elaborar um documento a ser enviado ao Governo do Estado exigindo ações mais efetivas no combate à seca. O primeiro passo foi a realização de um encontro nesta quinta-feira (31), no subsolo da Catedral Metropolitana, em Natal, entre as três dioceses do estado, representantes de instituições que atuam no campo e da Ordem dos Advogados do Brasil no RN (OAB-RN).
A situação das pessoas que moram nas comunidades rurais, e que sofrem com a seca, foi abordada por todos os participantes. O Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, enfatizou que se faz necessário pensar em propostas concretas para apresentar ao Governo. “Precisamos discutis as ações de convivência com a falta de chuvas, especialmente no Semiárido do Rio Grande do Norte, convocar a sociedade para se mobilizar para que sejam tomadas medidas efetivas e reivindicar do Estado ações concretas que amenizem os efeitos da seca” disse o Arcebispo durante a abertura da reunião.
O agrônomo José Procópio de Lucena, da coordenação da Articulação do Semiárido Potiguar (ASA), relembrou os vários documentos entregues nos últimos meses ao Governo Estadual pelas instituições, e que eles resultaram em poucas atividades. “Nessa reunião vamos pensar em o que vamos fazer, concretamente, para enfrentar mais um ano de ausência de chuvas”, disse José Procópio.
A inércia do Governo perante a situação da ausência de chuvas foi ressaltada pelos participantes. O coordenador estadual do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários – SEAPAC, organismo pertencente à Igreja Católica, Diácono Francisco Teixeira mencionou que junto às propostas de ações de enfrentamento às consequências à escassez de chuvas também é preciso inserir propostas para a saúde pública, a educação básica e a segurança. “Além disso, precisamos levar o tema da seca para o mundo urbano. É preciso que as escolas públicas, nas cidades, trabalhem a consciência das pessoas para que saibam economizar água”, destacou o Diácono.
Ao final da reunião, representantes da Igreja Católica, ASA Potiguar, OAB/RN e de algumas instituições que atuam no campo formaram uma comissão que será responsável pela elaboração do documento com propostas de ações de convivência com a seca que será entregue ao Governo do Estado.
Reprodução Cidade News Itaú
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