A Casa de Saúde de São Carlos (SP) confirmou a morte de Nayara Patracão na tarde desta quinta-feira (7). Em coma há um mês, a manicure de 24 anos estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após sofrer complicações durante uma lipoaspiração, em Descalvado (SP). Nayara teve uma parada cardiorrespiratória e morreu às 14h20, mas a assessoria do hospital comunicou a imprensa por volta das 16h.
Segundo o boletim enviado pelo hospital, todos os procedimentos de reanimação foram tomados pelos médicos de plantão. "Em função do estado gravíssimo em que já se encontrava a paciente, não houve qualquer tipo de resposta", diz um trecho da nota.
Internada há um mês
Na manhã desta quinta-feira, o hospital havia divulgado um boletim informando que o quadro de Nayara estava inalterado e não tinha evolução. Exames feitos no dia 19 de janeiro mostraram que uma pequena artéria irrigava seu cérebro, o que descartava quadro de morte cerebral.
O cérebro da jovem possuía um edema grande e apenas 1% estava em funcionamento. Em entrevista ao G1 na manhã desta quinta, a mãe de Nayara, Lucimara Francischini, comentou sobre a esperança que tinha na recuperação da filha. “Os médicos não passam muita coisa positiva pra gente porque não podem alimentar esperanças, mas eu creio em Deus e é Ele quem está cuidando da vida dela agora”, disse.
Nayara era mãe de um bebê de 9 meses e de uma menina de 4 anos, que estão sendo poupados pela avó. “É difícil ver a menina toda noite antes dormir pedindo a presença da mãe. Eu sempre digo que ela está doente e que está dormindo, mesmo sabendo que no dia seguinte ela vai perguntar se a mãe já acordou”, falou.
Procurada pelo G1 após a confirmação da morte de Nayara, Lucimara preferiu não se pronunciar no momento. O horário e local do velório ainda não foram divulgados.
O caso
A jovem realizou uma cirurgia em Descalvado para a retirada de gordura na região das costas, mas sofreu complicações durante o procedimento. Segundo o cirurgião plástico Vicente de Paula Ciarrochi Júnior, responsável pela lipoaspiração, ela teve um mal súbito.
Transferida para São Carlos, a manicure chegou a ser diagnosticada com morte cerebral, segundo a mãe. Mas, uma junta médica contratada pela família descartou essa possibilidade no dia 16 de janeiro.
Dois dias depois, o diretor superintendente da Casa de Saúde, Fernando de Lucca, afirmou em entrevista coletiva que em momento algum foi constatado por nenhum médico do hospital que a manicure teve morte cerebral.
O cirurgião Ciarrochi Júnior avalia que houve precipitação por parte da equipe médica ao informar à mãe que a jovem teve morte cerebral. Segundo ele, pode ter havido uma interpretação equivocada da família.
Reprodução Cidade News Itaú
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