O Copacabana Palace, o hotel mais tradicional do Rio de Janeiro, foi flagrado com grande quantidade de comida fora da data de validade em suas dependências.
Uma fiscalização do Procon-RJ, autarquia de defesa do consumidor ligada ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, recolheu nesta quinta-feira três caixas de carnes, peixes, massas, frutas, pães e pastas com prazo vencido. Os alimentos estavam nas três cozinhas do prédio e abasteciam os restaurantes e quartos do hotel.
O gerente do hotel responsável pelo setor alimentos, cujo nome não foi revelado, foi preso em flagrante por crime contra o consumidor. O hotel receberá uma multa, ainda não definida, mas que, segundo o Procon, pode ultrapassar R$ 270 mil. O estabelecimento terá 15 dias para apresentar sua defesa ou 30 dias para pagar a multa.
As informações foram repassadas à imprensa pelo presidente do Procon-RJ, Rodrigo Roca, que acompanhou a operação e conversou com jornalistas na porta do hotel. Segundo Roca, havia nas dependências do estabelecimento carnes com data de validade de janeiro de 2012 e também de agosto do ano passado.
O coordenador da fiscalização, Marco Antônio da Silva, considerou o caso grave, mas disse não ter sido surpreendido, já que muitos estabelecimentos do Rio já foram flagrados na mesma situação.
"A gravidade é grande, bem como o porte econômico da empresa. Não surpreende porque em quase todos os locais que visitamos constatamos o mesmo problema", disse ele.
OUTRO LADO
Em nota, o hotel afirmou que apoia a iniciativa do Procon-RJ e disse que diante de "algumas irregularidades encontradas" já colocou todas as medidas corretivas em prática.
"O Copacabana Palace passou por uma fiscalização do Procon nesta quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013. Algumas irregularidades foram encontradas e todas as medidas corretivas já foram colocadas em prática", afirmou em nota da assessoria de imprensa.
Segundo agentes que participaram da operação, a fiscalização foi acompanhada pela gerente-geral do hotel, Andrea Natal, que teria reunido toda a equipe e cobrado explicações no ato da verificação.
JOALHERIA
Os agentes fizeram também fiscalizações na piscina e nas butiques do hotel. Não foi constatada irregularidades na piscina, já que, segundo o Procon-RJ, o número de salva-vidas estava de acordo com a exigência.
Na joalheria H.Stern, que fica na fachada do hotel, contudo, o Procon identificou que os produtos das vitrines não apresentavam preço, prática considerada irregular pela autarquia.
Segundo Roca, os preços devem constar na vitrine para evitar que o estabelecimento cobre um preço de acordo com a aparência do cliente que visita a loja. A multa ainda não foi definida.
A reportagem procurou a assessoria da H.Stern, mas a empresa ainda não se pronunciou sobre o caso.
Reprodução Cidade News Itaú
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