O papa Bento 16 ainda tem mais quatro dias para permanecer à frente do Vaticano. Mas, antes de oficializar sua renúncia no dia 28 de fevereiro, algumas questões tanto sobre o conclave como sobre o futuro do pontífice precisam ser respondidas.
A principal delas se refere à data do início da eleição do sucessor de Bento 16. A previsão é que ainda no início desta semana o papa publique um "Motu Proprio" --documento que serve para designar indicações normativas da Igreja Católica-- para antecipar o conclave, além da modificação de algumas regras referentes às orações e os rituais da eleição.
Mas, segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, o documento não irá mudar drasticamente o processo da votação. "Seria tocar apenas pontos de esclarecimento, não substanciais", afirmou.
A reta final da gestão de Bento 16 também deverá esclarecer --ainda que não para a população-- ao menos para os cardeais o conteúdo do relatório de 300 páginas sobre a investigação do escândalo do vazamento de documentos confidenciais da Santa Sé, chamado VatiLeaks, que, segundo a imprensa italiana, traz revelações sobre uma trama de corrupção, sexo e tráfico de influência no Vaticano.
Há ainda outras dúvidas, ainda que não tão importantes, relacionadas à tradição da Igreja Católica.
Já está definido que Joseph Ratzinger deverá ser nomeado bispo emérito de Roma e manterá o nome de Bento 16. Mas não está certo, porém, como será a roupa que ele passará a usar após deixar o pontificado. Provavelmente usará batina ou clergyman (terno eclesiástico), mas sem as insígnias papais.
Em relação ao anel utilizado por Bento 16, que é chamado de selo papal, é provável que seja destruído. Mas ainda não se têm certeza de que o anel do pescador, que simboliza a autoridade do papa, tenha o mesmo fim do dado aos pontífices mortos.
Reprodução Cidade News Itaú
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