Mais de três meses depois do acidente com um bonde turístico em Campos do Jordão (181 km de São Paulo) que deixou três mortos, a empresa responsável pela operação do veículo afirmou nesta terça-feira (19) que o condutor estava acima da velocidade permitida para o trecho de serra.
A Estrada de Ferro Campos do Jordão, ligada à Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos, divulgou nesta terça-feira o resultado de uma sindicância aberta para apurar as causas do acidente e responsabilizou o condutor por "imperícia e imprudência".
O acidente ocorreu no dia 3 de novembro do ano passado, no trajeto de Campos do Jordão a Pindamonhangaba. Na ocasião, a automotriz --nome técnico do veículo-- descarrilou e só parou ao bater em um poste.
Três mulheres morreram no acidente, uma delas grávida de três meses. Outras quarenta pessoas se feriram.
Em nota, a comissão de sindicância diz que "o motorneiro [Luciano da Silva, 35] agiu com imperícia e imprudência ao trafegar no percurso de descida da serra em desacordo com os procedimentos operacionais da EFCJ".
Segundo a empresa, no momento do acidente, a velocidade da automotriz estava acima dos 29,9 km/h, limite para entrar de forma segura na curva. De acordo com a comissão, testemunhas disseram que a velocidade estava acima de 70 km/h.
FREIO DE EMERGÊNCIA
A Folha não conseguiu localizar o condutor na noite desta terça-feira para comentar o caso. Em novembro, Silva disse à polícia que houve falha no freio de emergência.
Questionada, a ECFJ disse que a sindicância não apontou falha no freio.
O resultado da apuração será encaminhado à Polícia Civil, ao Ministério Público e à corregedoria da administração estadual.
A empresa diz ainda que "determinou a instauração de procedimento administrativo disciplinar com aplicação das sanções cabíveis ao funcionário, que podem variar de advertência à demissão".
Ainda não há previsão de quando a operação do trecho de serra voltará a funcionar.
Reprodução Cidade News Itaú
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