O inquérito policial que investiga a morte do torcedor garoto Kevin Douglas Beltrán Espada, de 14 anos, durante o jogo entre San José e Corinthians, quarta-feira, em Oruro, aponta que dois dos 12 torcedores detidos foram os autores do disparo. Segundo o jornal La Patria, de Oruro, o documento da polícia local relata duas pessoas como responsáveis pela morte do jovem boliviano. Os nomes não foram divulgados.
Os outros 10 torcedores que estão presos na Bolívia devem responder à Justiça como cúmplices dos responsáveis pelo disparo do sinalizador que atingiu Kevin. Eles seguirão detidos na penitenciária de San Pedro, em Oruro.
Na última sexta-feira, o juiz Julio Huarachi aceitou a tese da promotoria e determinou a prisão preventiva dos 12 torcedores do Corinthians. A Justiça boliviana entendeu que os torcedores não devem ser liberados para responder em liberdade, pois há risco de fuga.
O incidente que levou à morte do jovem torcedor boliviano aconteceu ainda no primeiro tempo da partida entre Corinthians e San José, na noite de quarta-feira. Um sinalizador foi disparado da arquibancada onde estavam cerca de 300 torcedores do Corinthians e atingiu a cabeça da vítima, matando-a quase que imediatamente.
O incidente ocorreu pouco depois que o atacante do Corinthians, o peruano Paolo Guerrero, marcou o primeiro gol da partida, que terminou em 1 a 1. A jogo continuou, enquanto o menino era levado em vão a um hospital público local.
O caso levou a Conmebol a punir o Corinthians. De forma preventiva, o clube ficou obrigado a jogar com estádio vazio nas partidas que terá mando de campo. Nos jogos fora de casa, os corintianos tampouco poderão ver o seu time no estádio. Os dirigentes corintianos recorreram e pretendem reverter a decisão.
Reprodução Cidade News Itaú
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