Quase todos os municípios do Rio Grande do Norte que estão em estado de emergência por causa da seca resolveram acatar o pedido do Ministério Público para evitar gastos com o carnaval. A exceção foi o município de Macau, que conseguiu judicialmente uma ordem para ser retirado do estado de calamidade para poder investir R$ 4 milhões na realização da festa.
De acordo com a promotora de justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional (Caop) da Promotoria do Patrimônio Público, Isabel de Siqueira Menezes, os municípios que não cancelaram totalmente os investimentos irão diminuir os custos com a folia. É o caso, por exemplo, de Caicó, onde a prefeitura se responsabilizou apenas pela contratação de uma atração musical por dia de festa.
“As prefeituras foram totalmente coerentes com o atual momento vivido por seus municípios. Como elas podem gastar com festa se é preciso investir para combater a seca?”, disse a promotora. Ainda segundo Isabel, os foliões não foram totalmente prejudicados com a medida, pois os blocos privados, marca tradicional dos carnavais pelas cidades do interior do Estado, vão sair normalmente.
Segundo Isabel Menezes, o Ministério Público irá fiscalizar os municípios que, mesmo em estado de emergência, decidiram investir no carnaval. “Vamos acompanhar todo o processo de contratação de bandas, saber se elas se apresentaram, para não deixarmos ocorrer outro Foliaduto”, esclareceu a promotora fazendo alusão ao esquema de desvio de R$ 2 milhões em verbas da Fundação José Augusto no ano de 2006 para a contratação de bandas “fantasmas”.
Reprodução Cidade News Itaú
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