Testes realizados pela perícia não identificaram a presença de cianeto em quantidade suficiente para matar as vítimas do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS). A informação foi divulgada nesta segunda-feira (18) pelo jornal "Zero Hora".
O gás, supostamente liberado a partir da queima da espuma isolante da casa noturna, havia sido apontado pela polícia como principal causa da morte das 239 pessoas em 27 de janeiro.
O exame foi realizado pelo IGP (Instituto-geral de Perícias) em parceria com o Laboratório Policial de Química Forense da Polícia da Província de Buenos Aires, na Argentina.
Ainda de acordo com o jornal, a perícia também está testando as amostras para a presença de monóxido de carbono no corpo das vítimas.
Mesmo que se comprove o resultado da perícia, as vítimas do incêndio podem ter morrido por inalação de gás cianeto, já que, segundo o professor do Departamento de Química da USP (Universidade de São Paulo) Miguel Dabdoub, ouvido pelo "Zero Hora", o gás tóxico não deixa vestígios no corpo das vítimas ao se misturar a outras moléculas.
Estado crítico
Trinta e cinco pessoas ainda estão internadas em Santa Maria e em Porto Alegre, sendo cinco em estado crítico.
O coordenador nacional de alta e média complexidade do ministério da Saúde, José Eduardo Passos, avaliou que a evolução do quadro de saúde dos pacientes internados se manteve acima das expectativas durante o tratamento.
Logo depois da tragédia, 84 pacientes precisaram de aparelhos para respirar.
Reprodução Cidade News Itaú
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