Oitenta e oito suspeitos de envolvimento nos ataques em Santa Catarina foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público do estado. Segundo o promotor de Justiça Onofre Agostini, coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, trata-se de uma resposta rápida diante da onda de violência que, desde o dia 30 de janeiro, atingiu 37 cidades catarinenses.
"Estamos atuando de forma conjunta com os demais órgãos de segurança, o que tem trazido efetividade às ações, e traçando estratégias jurídicas para lidar com a situação e para garantir que os responsáveis sejam punidos", disse à Agência Brasil, acrescentando que o número de denunciados "deve aumentar muito", conforme avancem as investigações.
Entre os crimes apontados com mais frequência estão formação de quadrilha armada, constrangimento ilegal, incêndio e corrupção de menores.
Onofre Agostini informou que cerca de 40 promotores de Justiça, que atuam em Florianópolis e cidades onde ocorreram os principais ataques, participaram de uma reunião hoje (27) para avaliar o trabalho da força-tarefa criada há quase duas semanas pela Polícia Civil para combater a onda de violência.
Até agora, a equipe foi designada para cumprir 97 mandados de prisão expedidos pela Justiça. Embora a Polícia Civil não tenha informado o número atualizado com o total de mandados cumpridos, a corporação aponta que foram presas, desde 30 de janeiro, 103 pessoas.
O promotor de Justiça destacou que, desde que a força-tarefa começou a atuar, no mesmo fim de semana em que a Força Nacional foi deslocada para reforçar as ações no estado, houve redução nas ocorrências associadas à série de ataques, tendo sido observados principalmente episódios de vandalismo.
Segundo a Polícia Militar catarinense, pela primeira vez desde o início da onda de violência, não houve registro de nenhum episódio associado aos ataques nem de vandalismo na noite de ontem (26) e madrugada de hoje (27). Desde 30 de janeiro, houve 113 ocorrências em 37 cidades.
MAPA DE ATAQUES EM SANTA CATARINA
Reprodução Cidade News Itaú
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