Atingida, principalmente, pela redução na produção da castanha de caju, Mossoró fechou 2012 com queda nas exportações (-2,44%), em comparação com 2011, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O total exportado caiu de 86 milhões de dólares em 2011 para 83,9 milhões de dólares no ano passado.
Mesmo sendo a principal pauta de exportação da cidade, a castanha de caju amargou perdas superiores a 20% no montante vendido para o exterior. Esse percentual representou quase 10 milhões de dólares a menos entrando em Mossoró.
As exportações de ceras vegetais e sal marinho também contribuíram para o resultado negativo no ano passado. O primeiro produto teve queda de 4,39%, enquanto que o segundo diminuiu 38,52% do montante enviado para fora do Brasil.
Por outro lado, 2012 foi um ano de recuperação para o setor da fruticultura irrigada. O melão se aproximou da castanha de caju e ameaçou tomar a posição de principal produto da pauta de exportações de Mossoró. O crescimento foi de 16,85% e a diferença no montante bruto exportado entre os dois produtos que caiu de mais de 16 milhões de dólares, para “apenas” menos de três milhões de dólares.
Ainda no setor agrícola, a melancia teve crescimento de 47,21% e demais frutas 188,86%.
O subsecretário do Trabalho, Turismo, Indústria e Comércio, Segundo de Paula, justificou que o mau desempenho da castanha de caju deu-se por conta da queda de produtividade da produção. “Não houve chuvas e com isso os cajueiros foram prejudicados”, destaca.
Com relação à recuperação do melão, Segundo de Paula argumentou que a fruticultura vem em constante evolução, desde a crise econômica da Europa entre os anos de 2006 e 2007. “Hoje nós estamos preparados para continuar crescendo e vamos conseguir a abertura de novos mercados, como EUA, Chile e China”, prever.
Reprodução Cidade News Itaú
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