O papa Bento 16 denunciou nesta quarta-feira (13) durante a homilia da missa da Quarta-Feira de Cinzas "a hipocrisia religiosa" e a busca por "aplausos e aprovação". A cerimônia é uma das últimas comandadas pelo pontífice, que anunciou nessa segunda-feira (11) a renúncia marcada para o próximo dia 28.
As palavras do papa foram pronunciadas durante aquela que também é a última missa de Quarta-Feira de Cinzas comandada por Bento 16, no trono, na Basílica de São Pedro. A celebração marca o início da Quaresma –período de 40 dias da Igreja Católica que serve de preparação para a Páscoa.
Ainda no sermão, Bento 16 defendeu que o "caminho penitencial" da Quaresma não deve ser feito pelo cristão sozinho, mas "juntos, irmãos e irmãs, na Igreja". Em seguida, citou as "divisões no corpo eclesial", a necessidade de fortalecimento da Igreja e de superar "individualismos e rivalidades em sinal de humilde".
Em referência ao apóstolo Paulo, lembrou que ele "denuncia a hipocrisia religiosa, as atitudes que buscam aplauso e aprovação" e pediu que o testemunho mais incisivo do cristão é o de quem "não serve a s mesmo e ao público, mas ao Senhor". Ao final da homilia, Bento 16 pediu que os católicos iniciem a Quaresma "confiantes e alegres".
Conclave começa a partir de 15 de março
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou nesta quarta-feira (13) que o conclave para escolha do papa que sucederá Bento 16 começará entre 15 e 20 de março.
O conclave, quando cardeais se reúnem para eleger o novo papa, vai começar de 15 a 20 dias após o cargo papal ficar vago em 28 de fevereiro, informou Lombardi, hoje, em entrevista coletiva.
Bento 16 surpreendeu a Igreja Católica e o mundo, na última segunda-feira (11), ao anunciar sua renúncia, a primeira de um papa em vários séculos. Lombardi disse que os católicos não devem ficar desorientados pela decisão de Bento 16.
Reprodução Cidade News Itaú
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