Um menino de sete meses morreu na tarde desta quinta-feira (14) após ter sido esquecido pelo pai dentro do carro em Divinópolis, no Centro-Oeste do estado. O bebê ficou mais de cinco horas trancado no veículo e não resistiu.
Segundo a Polícia Militar (PM), o pai de 35 anos, que é supervisor de perdas e danos de um supermercado, saiu de casa às 8h para deixar a esposa no trabalho e, em seguida, a criança na casa da babá, mas ele deixou o veículo no estacionamento, saiu para trabalhar e se esqueceu da criança. O pai só se deu conta quando voltou, às 13h, para almoçar.
Ainda de acordo com a polícia, com auxílio de um colega o pai encaminhou o filho para um hospital em Divinópolis. "A criança chegou ao hospital desacordada, mas ainda respirando. Os procedimentos foram feitos, mas ela não resistiu. Segundo informações do hospital repassadas para a gente, o menino teve várias queimaduras pelo corpo, principalmente no rosto, mas o motivo do óbto foi uma parada cardíaca", disse o sargento da Polícia Militar Adriano Barbosa de Jesus.
A assessoria do hospital foi procurada pelo G1 e não quis ceder entrevista, mas os médicos informaram que por mais de meia hora tentaram reanimar a criança que estava desidratada e não resistiu.
O pai ficou em estado de choque, segundo a polícia, e também não quis falar com a imprensa.
O corpo do bebê foi removido do hospital pelo Serviço Municipal de Luto. Como a cidade está sem perito, o corpo do bebê foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Formiga, a 80 quilômetros de Divinópolis.
Durante a tarde desta quinta-feira foram ouvidas 10 testemunhas na Delegacia da Polícia Civil, dentre elas a babá da criança que informou que ligou para a mãe várias vezes, para dizer que a criança não havia aparecido. "A mãe estava no trabalho e não pode atender o celular lá", explicou a delegada que acompanha o caso, Angelita Oliveira.
A delegada disse, ainda, que o pai foi preso em flagrante e responderá por homicídio culposo. "Ouvindo as testemunhas a gente percebeu que foi sem intenção a princípio. O pai trabalha às 13h e domingo, dia 11, ele mudou a rotina e começou a trabalhar às 7h da manhã. Cabe fiança e, mesmo se ele pagar, vai responder o processo em liberdade. O pai tem o dever, ele é o garantidor da criança", finalizou a delegada.
Reprodução Cidade News Itaú
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