O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul agiu rápido e proibiu a presença dos torcedores do Grêmio envolvidos na briga generalizada de quarta-feira em estádios de futebol pelos próximos seis meses. A pena vale somente para Porto Alegre.
Foram duas brigas. Uma antes do jogo entre Grêmio e Canoas, no pátio do Olímpico. Nesta, seis pessoas acabaram detidas e punidas com a proibição de assistir jogos do Grêmio independente do estádio onde seja disputado. Para eles, é necessário apresentação na Delegacia de Polícia duas horas antes com liberação duas horas depois de qualquer partida.
Já o segundo caso foi mais grave. Uma batalha generalizada nas ruas próximas ao estádio gremista resultou na prisão de 26 pessoas, segundo nota divulgada pelo site do TJ. Estes precisarão comparecer no 1º Batalhão de Polícia Militar também duas horas antes de qualquer jogo do Grêmio em Porto Alegre com liberação duas horas depois.
As audiências se alongaram até às 2h e foram presididas pelo Juiz Marco Aurélio Martins Xavier. "A medida é profilática, porque vai retirar dos jogos as principais lideranças negativas dessas torcidas.", disse o juiz ao site do TJ. "Nosso objetivo é pacificar os estádios", completou.
Entre os detidos na briga de quarta-feira há aficionados com antecedentes criminais, estes responderão por seus atos, além de também se enquadrarem na proibição de ida aos estádios.
A primeira briga se deu entre membros da torcida Máfia e representantes da Geral do Grêmio. A segunda foi entre facções internas da Geral. A razão para o conflito é o corte no número de ingressos cedidos pelo clube para as organizadas.
Após o jogo, o presidente Fábio Koff concedeu entrevista coletiva repudiando os atos de vandalismo dos envolvidos na baderna.
"Eu acho que há a necessidade de identificar quem motiva atos desta natureza. Tem que proibir de ver futebol. Temos regras no Estatuto do Torcedor. Ele é muito exigente. Não foi no estádio, mas as imediações também nos dizem respeito. Num episódio assim, o clube está envolvido. Não são torcedores. São pessoas marginalizadas que não tem nada a ver com o clube. O lugar desta gente é longe do estádio de futebol, longe da convivência do futebol", disse Koff.
Entre os presos está um dos líderes da Geral do Grêmio conhecido como Zóio. Segundo informações do Capitão Maciel, comandante do Batalhão de Operações Especiais do Rio Grande do Sul, ele foi responsável por arquitetar a briga e tentava fugir quando foi detido.
Reprodução Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!