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sábado, janeiro 19, 2013

Prefeitura de Guamaré desiste de realizar carnaval devido à seca


Uma das cidades mais ricas proporcionalmente devido aos royalties que recebe do Governo Federal, Guamaré se destacou ano passado por decretar situação de calamidade, consequência da estiagem no interior do Estado, mas gastar milhões em cachês de bandas para as festas de carnaval e de emancipação política. Neste ano, a situação parece diferente. O novo prefeito do município, Helio de Mundinho, do PMDB, decidiu cancelar o carnaval local, que seria realizado à custa de dinheiro público.

Dessa forma, Helio de Mundinho atende a recomendação do Ministério Público Junto ao Tribunal de Contas do Estado (MPJTCE), que na semana passada renovou a sugestão aos prefeitos das cidades em situação de calamidade devido à seca, não promovam gastos públicos com a realização do carnaval.

Na verdade, apesar de ser uma recomendação, o descumprimento dela, segundo o próprio MPJTCE, pode dar origem a um processo na Corte de Contas e levar o gestor público a pagamento de multa e ressarcimento ao erário do dinheiro gasto. Dessa forma, as únicas alternativas de Helio seria realizar o carnaval e assumir a responsabilidade mostrar que a festa é superavitária e, por isso, se justificaria sua realização, ou então decretar o fim do estado de calamidade no município.

O problema é que se tirasse o estado de calamidade de Guamaré, Hélio poderia causar danos que o seu secretariado classificaram como irreparáveis, como por exemplo: os agricultores teriam prejuízos insanáveis como o corte por parte do governo do abastecimento de água através da operação pipa, a exclusão da compra de insumos para alimentação dos rebanhos, além da suspensão de trabalhos de recuperação de poços artesianos e subsídio do milho para os agricultores, dentre outros benefícios.

A informação do cancelamento foi divulgada na manhã de hoje, pelo prefeito, e repercutida em alguns blogs da região, como o “Guamaré em Dia”, pegando muitos moradores do município e das cidades vizinhas (que são atraídos para lá pelo tradicional carnaval) de surpresa. “Não adianta fazer carnaval desobedecendo à recomendação judicial e faltando água na cidade”, justificou Helio de Mundinho, que chegou a solicitar ao Ministério Público do RN uma permissão para a realização da festa, mas não teve sucesso.

Fonte: Jornal de Hoje/Cidade News Itaú

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