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terça-feira, janeiro 29, 2013

Polícia faz buscas em dois estabelecimentos de um dos donos de boate em Santa Maria (RS)


Uma casa noturna e um restaurante pertencentes a Mauro Hoffmann, um dos sócios presos da boate Kiss, de Santa Maria (301 km de Porto Alegre), foram alvos de dois mandados de busca e apreensão cumpridos pela polícia na noite dessa segunda-feira (28). A informação é do advogado do empresário, Mário Hoffmann, que aguarda desde ontem resposta ao pedido de revogação da prisão temporária do cliente.

Hoffmann, o outro sócio do estabelecimento, Elissandro Callegari Spohr, e dois músicos da banda Gurizada Fandangueira foram presos temporariamente ontem porque, segundo o Ministério Público, estariam obstruindo ou manipulando a coleta de provas da investigação --uma vez que a polícia não teve acesso, ainda, às imagens do circuito interno de câmeras da boate. As imagens estão sendo procuradas.

De acordo com o advogado de Hoffmann, o cliente era sócio de Spohr há cerca de um ano, mas há 15 atuava no ramo de entretenimento, com outra boate – a Absinto -- e com um restaurante –Floriano. Ele está desde ontem presídio de Santo Antão, nas proximidades de Santa Maria. Já Spohr segue sob custódia policial em um hospital de Cruz Alta. Ele está em tratamento de desintoxicação devido à inalação de fumaça do incêndio. Um total de 234 pessoas morreram na tragédia –a maioria, entre 16 e 20 anos de idade --, e ao menos cem ficaram feridas.

Mauro Hoffmann teve a prisão temporária decretada pela Justiça por 5 dias e foi encaminhado ao Presídio de Santo Antão, a cerca de 7 km do centro de Santa Maria. Além dele, Elissandro Spohr, conhecido como Kiko, foi detido em um hospital de Cruz Alta e está sob custódia da polícia. Ele está internado para tratar uma intoxicação causada pela fumaça do incêndio.

"Nosso cliente está completamente disponível seja pessoalmente, seja documentalmente", disse o advogado, que completou: "Acompanhei o cumprimento dos mandados de busca e apreensão e nada foi encontrado que interessasse à investigação do fato [incêndio e mortes na Kiss]", declarou Cipriani, segundo o qual "esses estabelecimentos, sim, tinham uma estrutura em que o Mauro era o administrador".

"Ele estava há menos de um ano na sociedade com o Kiko [apelido do outro sócio, Spohr], não tinha poder de gerência. E no depoimento [prestado ontem], informou que um pouco antes de entrar nessa sociedade, o MP já havia pedido adequações no local, todas feitas", afirmou Cipriani, que disse desconhecer quais as medidas exigidas.

Indagado sobre o alvará de funcionamento da Kiss que estaria vencido desde agosto do ano passado, o advogado do empresário resumiu: "Ele acredita que está tudo em ordem".

Reprodução Cidade News Itaú

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