A delegada Hertha de França Costa informou nesta sexta-feira (18) que o jogador de futebol Marcelinho Paraíba foi indiciado por lesão corporal leve e ameaça à ex-namorada, Ana Paula Alves Dantas. O caso aconteceu em 13 de dezembro do ano passado, quando a suposta vítima foi cobrar, no sítio dele em Campina Grande, o pagamento de pensões alimentícias atrasadas. O atleta responde em liberdade após prestar depoimento à polícia e pagar fiança de R$ 12,4 mil.
O laudo do Instituto de Polícia Científica (IPC) confirmou marcas de violência, levando a delegada de Violência Doméstica de Campina Grande a indiciar o atleta por agressão de natureza leve e ameaça, cujas penas juntas podem resultar de detenção de até quatro anos. "O inquérito foi remetido ao Judiciário consubstanciado nos mesmos motivos do auto de prisão em flagrante", afirmou a delegada Hertha de França ao G1.
De acordo com o advogado do jogador, Afonso Villar, a defesa ainda não tomou conhecimento do indiciamento. O advogado destacou que o inquérito é informativo e não houve intimação das partes. Ele disse que vai aguardar intimação da Justiça para ouvir Marcelinho Paraíba. "Após a intimação, teremos 10 dias para responder", afirmou.
Marcelinho está atualmente sem contrato firmado com nenhum time e à época dos fatos jogava pelo Boa Esporte, de Minas Gerais. Em entrevista à TV Paraíba, a ex-namorada de Marcelinho Paraíba afirmou que o atleta devia um ano de pensão alimentícia ao filho de 3 anos, e que foi agredida por ele quando foi cobrar o valor atrasado.
No dia 13 de dezembro de 2012, policiais estiveram no sítio do jogador no bairro de Nova Brasília, e ele foi detido. Segundo a delegada, na época, o jogador preferiu não falar nada em depoimento. A vítima passou por exame de corpo de delito comprovando uma lesão dele foi detido.
Outra prisão
O jogador também foi preso em novembro de 2011 quando comemorava a ascenção do Sport, time em que jogava, à Série A do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, ele foi preso com mais três amigos novamente em seu sítio em Campina Grande, mas ele não foi denunciado pelo Ministério Público e o caso foi arquivado.
De acordo Fernando Zoccola, primeiro delegado que atuou no caso, a suposta vítima afirmou em depoimento que o crime aconteceu de madrugada durante a festa. Segundo ela, Marcelinho forçou um beijo e a agrediu, puxando seus cabelos. A mulher apresentava cortes na boca e foi levada para a Unidade de Medicina Legal (UML) para ser submetida a um exame de corpo de delito, mas a denúncia de estupro foi descartada.
Fonte: G1/Cidade News Itaú
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