terça-feira, janeiro 01, 2013

Mais de 200 mil pessoas presentes no réveillon na Praia do Meio


 (Sergio Vilar)
O ano de 2013 entrou com os tradicionais festejos em Ponta Negra apagados pelo descaso municipal com o calçadão (e consequente interdição recomendada pelo Ministério Público), uma Praia do Meio movimentada e suja pela falta de coleta de lixo, e 15 minutos de uma cascata de fogos descendo da ponte Newton Navarro, salvos pela secretaria de Turismo do Governo do Estado diante da falência financeira do município. 

Nenhuma ocorrência foi registrada pelos militares, que calculam em torno de 200 mil pessoas presentes na festividade, a maioria aglomerada nas proximidades do palco montado na Praia do Meio (Rua Café Filho), para os shows também pagos pelo Estado. Mas fora das celebrações de réveillon, houve uma pequena rebelião na Carceragem de Rosa dos Ventos, em Parnamirim, mas sem fuga de presos, segundo o aspirante Madeiro, do 3º Batalhão de Polícia. 

Na Praia do Meio, paredões de som postado em diferentes pontos da orla aglomeravam contingentes de pessoas. Mas foi mesmo em frente ao palco onde milhares de pessoas se juntaram para assistir aos shows. A banda Usakaravelho abriram a noite por volta das 21h já com bom público. E a banda de forró Deixe de Brincadeira foi a responsável pela virada. Mesmo na areia da praia uma multidão saudava o novo ano.

Iemanjá
Ao redor da estátua de Iemanjá, o cenário foi mais desolador. Apesar das oferendas deixadas ao pé da imagem ou no mar, a data já foi melhor celebrada, quando o município financiava palco e melhor estrutura. “Aqui já teve de tudo. Era outra coisa. Mas nem a prefeitura nem o presidente da Federação Espírita do RN vieram. Deixaram tudo largado”, lamentou o pai de santo Luís de Xangô, do centro africano reinado de xangô.

Ainda assim se via a tradicional mistura de crenças e religiões: umbanda, candomblé, espíritas e vários babalorixás e ialorixás se juntavam em uma mesma irmandade e propósito, seja para saudar oxalá (o deus da criação) ou o deus cristão. Rosas, colônias e até bebidas eram jogadas ao mar ou ao redor da estátua. 

Lata nova
Em frente à estátua, na rua, quem comandava a animação era uma atração global. O “Rei do Pop” trouxe a pic-up mega equipada recebida no programa televisivo Caldeirão do Huck, na Rede Globo, dentro do quadro Lata Velha. O “Rei do Pop” (ele não quer ser chamado pelo verdadeiro nome) mandou carta e foto da velha rural ao programa e foi sorteado para receber o carrão, avaliado, hoje, em mais de R$ 500 mil, segundo o proprietário.

O carango é um mini trio elétrico, colorido, equipado e “luxuoso”. “É super luxo”, diz orgulhoso o “Rei”. Com o auxílio de um órgão e arranjos ele desfila um repertório de clássicos internacionais do pop e do rock e atraiu a atenção de muitos. “Estou aqui de graça para presentear meu público”, disse o artista, vestido com casaco de couro cheio de brilho, no estilo Michael Jackson, o também rei do pop.

Fonte: DN Online/Cidade News Itaú

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