sexta-feira, janeiro 25, 2013

Grávida morreu por asfixia em presídio de Goiás, diz laudo do IML



O Instituto Médico Legal divulgou na quinta-feira (24) o laudo sobre a causa da morte de Bianca Conceição dos Santos de 27 anos, que estava grávida de dois meses. Ela morreu durante visita à Unidade Prisional de Catalão, no sul de Goiás, no último dia 13 deste mês. De acordo com o delegado Vagner Sanches, que investiga o caso, a vítima não foi espancada como alegaram os familiares dela.
“O laudo demonstrou que houve asfixia. Ela não foi espancada e nenhum tipo de violência física aconteceu. Então, com esses dados, constatamos que não houve nenhum crime nesse caso”, afirma o delegado Vagner Sanches. Segundo agentes penitenciários, a jovem, que tinha ido visitar o marido no presídio, engoliu um embrulho que supostamente continha droga durante o procedimento de revista e asfixiou-se.

Já a família da vítima constesta essa versão e denuncia que a jovem foi espancada. Logo após a morte, eles divulgaram fotos que mostram hematomas no rosto de Bianca.
“Ela ter ingerido drogas não causa hematomas como os que ela estava. O rosto dela estava muito machucado, o pé dela quebrado, o dedo dela quebrado. A gente vê que não foi só isso que aconteceu. Minha família está desesperada, minha mãe. Eu quero justiça. Tem que apurar”, declarou a irmã da vítima, Shirley Maria.

Fotos feitas pela família mostram hematomas no rosto de jovem grávida que morreu dentro de presídio em Catalão, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Fotos mostram hematomas no rosto de jovem
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O IML afirma que os hematomas podem ter sidos causados involuntariamente. “Em decorrência da asfixia, há falta de oxigenação no organismo e a pessoa pode cair e se debater, o que explica as lesões que ela estava na face”, declara o diretor do Instituto Médico Legal de Catalão, César Augustus Lima.
De acordo com a Polícia Civil, o inquérito só será concluído no fim do próximo mês de fevereiro, porque o laudo dos peritos que foram ao presídio no dia da morte ainda não foi concluído.

Reprodução Cidade News Itaú

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