quinta-feira, janeiro 31, 2013

Fotos divulgadas em site mostram boate Kiss sem extintor de incêndio


Imagem divulgada em site mostra parede onde deveria existir extintor de incêndio (Foto: Reprodução)

Fotos publicadas em um site que divulga festas realizadas na boate Kiss de Santa Maria, em que mais de 230 pessoas morreram em um incêndio, mostram que as paredes com as indicações de onde deveriam existir extintores de incêndio estão vazias.


Jader Marques, que defende o dono da boate Elissandro Spohr, acredita que os convidados da festa podem ter mexido nos extintores antes de tirar as fotos.
 "Se os extintores não estão no lugar, foram tirados indevidamente por participantes da festa. Os convidados tiram da parede, batem a foto e deixam no chão. Não tinha motivo para a boate colocar uma placa e não colocar o extintor no lugar correto. Se o equipamento foi tirado, foi por alguém que não é da boate", afirmou ao G1.
O advogado afirma que a boate fez a troca dos extintores e todos estavam em dia. "É o tipo de situação que pode ser usada em favor da boate. Tem sinalização. A casa estava atenta. Não existe motivo para a casa comprar extintores e, por questões estéticas, não colocá-los na parede."
Ex-funcionária da boate Kiss, Vanessa Vasconcelos perdeu a irmã na tragédia do último domingo. Em depoimento à polícia, ela disse na quarta-feira que um dos sócios da boate, Elissandro Sphor, o Kiko, mandava retirar os extintores de incêndio por razões estéticas. Porém, em entrevista ao Jornal Hoje, ela disse que nunca ouviu o proprietário mandar retirar, ele apenas teria dito que achava os objetos feios.
Vistoria
O coronel Moisés da Silva Fuchs, comandante do Corpo de Bombeiros de Santa Maria, disse no domingo (27) que havia sido feita uma vistoria no local depois que a direção da casa noturna protocolou o pedido de alvará. E que os mecanismos básicos de prevenção a incêndio estariam em dia.
Porém, na quarta-feira (30), o comandante dos bombeiros no Rio Grande do Sul, coronel Guido Melo, contradisse essa versão. Disse que os policiais não fizeram a vistoria porque o pedido da boate entrou em uma fila.
“Quando dá entrada, automaticamente entra na fila aguardando inspeção. Tem, aproximadamente, dois mil estabelecimentos comerciais, ou outros, que também aguardam vistoria, e qual é a lógica: atender o primeiro que está na lista, o mais antigo”, afirmou o coronel Guido Melo.


Imagem divulgada em site mostra parede onde deveria existir extintor de incêndio (Foto: Reprodução)Imagem divulgada em site mostra parede onde
deveria existir extintor de incêndio
(Foto: Reprodução)
Uma portaria do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul estabelece regras e prazos para essas vistorias. O prazo entre o pedido e a inspeção não pode ser superior a 20 dias. "O prazo decorrido entre o protocolo de entrada da solicitação de inspeção e o fornecimento do alvará, ou notificação de correção, dos sistemas de prevenção e proteção contra incêndio ao interessado, será de, no máximo, 20 (vinte) dias", diz o texto.

Reprodução Cidade News Itaú

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