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terça-feira, janeiro 08, 2013

Felipão não vê obrigação por título da Copa das Confederações


Luiz Felipe Scolari e Parreira têm a missão de montar a seleção para a Copa do Mundo de 2014

O técnico Luiz Felipe Scolari assumiu no fim de 2012 a missão de formar a seleção brasileira para a Copa do Mundo de 2014 e afirmou logo em sua primeira entrevista que o time tem a obrigação de ganhar o Mundial. O discurso do treinador, porém, é diferente quando o assunto é Copa das Confederações e Felipão disse, em entrevista ao "Estado de S.Paulo", que a seleção não tem obrigação de conquistar a competição.

Para o treinador, a competição será usada para ajudar a formar o elenco que será convocado para a Copa de 2014.

"Em 2001, na Copa América, levamos um grupo que achávamos que faria parte de nosso time no Mundial de 2002. E não foi. Aquela Copa América definiu cinco nomes de jogadores que não foram conosco em 2002. A Copa das Confederações será a mesma coisa e marcará muito isso. Para mim e para os jogadores, é importante para traçar um rumo até a Copa do Mundo. Não quer dizer que se alguém não for bem já não será mais chamado, mas é sempre uma amostra oficial", afirmou Felipão ao jornal. 

O Brasil está no Grupo A da Copa das Confederações ao lado de Japão, México e Itália e a estreia é no dia 15 de junho, contra os japoneses. 

O técnico também lamentou o fato da seleção disputar apenas amistosos na preparação para as competições e pede adversários fortes para compensar. Segundo Felipão, depois da Inglaterra e Itália, em fevereiro e março, respectivamente, o time deve enfrentar França, Japão e México.

"Pode fazer falta para dar um sentido maior de competitividade ao grupo e maior experiência. É muito diferente quando se entra em campo para disputar três pontos", disse.

Felipão ainda reforçou a necessidade de a torcida apoiar a equipe durante as competições no Brasil, algo que não se viu nos últimos amistosos no país, como contra a África do Sul, no Morumbi, em setembro de 2012.

"Eles [torcedores] precisam confiar na seleção brasileira e precisamos criar um ambiente em que vamos receber os estrangeiros muito bem e mostrar o povo que somos e as belezas do Brasil. Mas devemos criar uma força tal que as seleções sintam a pressão. Isso é fundamental", analisou.

Apesar de assumir a seleção durante a preparação para uma Copa do Mundo como em 2001, Felipão não vê tantos problemas atualmente como há 12 anos.

"Em 2002 foi mais difícil. O Brasil jogava as Eliminatórias e tinha dificuldade para se classificar. Estávamos em terceiro e ninguém admitiria que ficássemos fora da Copa. Seria a primeira. Isso seria uma imagem que ficaria marcada para a história. Agora, jogando em casa, o Brasil tem sim o dever de ganhar. Em 1950, perdemos e já temos um histórico de Copa dentro do Brasil que não nos favoreceu. Portanto, foi pior para mim em 2002 do que agora", completou.

Fonte: Uol Copa do Mundo/Cidade News Itaú

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