"El País" cometeu na última quinta-feira (24) um dos maiores erros de sua história. Nesse dia, o jornal publicou uma fotografia falsa oferecida pela agência Gtres Online na qual supostamente aparecia entubado o presidente venezuelano, Hugo Chávez. Apesar das dúvidas que tiveram sobre as circunstâncias que cercavam essa imagem, os responsáveis pelo jornal decidiram publicá-la.
Essas dúvidas não resolvidas se refletiram inclusive no breve texto que acompanhava a foto, no qual se indicava que "'El País' não pôde verificar de forma independente as circunstâncias em que foi feita a imagem, nem o momento preciso nem o lugar. As particularidades políticas de Cuba e as restrições informativas que o regime impõe tornaram isso impossível".
O diretor da publicação, Javier Moreno, é o primeiro a assumir que foi um equívoco: "Esse é o erro central da história. Acreditávamos ter uma fotografia verificada que não havíamos verificado". Como Moreno, toda a cadeia na tomada de decisões assume a gravidade do que ocorreu e pede desculpas. Quando teve conhecimento do erro, a direção do jornal mandou recolher todos os exemplares distribuídos até o momento e, ao mesmo tempo, retirar do site a falsa fotografia.
O custo da reimpressão do diário e a nova distribuição representaram um custo adicional de 225 mil euros. O erro teve uma grande repercussão nas redes sociais e também causou o protesto do governo venezuelano.
Assim que voltou de Davos, onde se encontrava, Javier Moreno analisou os fatos com o Comitê de Direção e o Comitê Profissional, anunciou mudanças para melhorar o método de tomada de decisões e encomendou um relato a dois conhecidos jornalistas do veículo. Este é o resultado desse trabalho jornalístico.
Reprodução Cidade News Itaú
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