quarta-feira, janeiro 30, 2013

Delegado diz que crime contra ator foi latrocínio e não homofobia; artistas realizam “palhaceata”


Reprodução Facebook
José Ismar
O delegado Marcelo Falcone, da Delegacia de Crimes contra a Pessoa, disse acreditar que o assassinato do ator pernambucano, José Ismar Eugênio, de 42 anos, trata-se de um latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte.

Segundo Marcelo Falcone explicou que até o momento não há indícios de que se trate de um crime homofóbico como teria sido levantado por algumas pessoas. Ele investiga a linha de investigação de latrocínio porque foram levados pertences da vítima.

O assassino teria entrado em luta corporal com a vítima, de acordo com os sinais encontrados no local do crime e foi registrado roubo de um computador e dinheiro. Apesar da residência não ter sido arrombada, esse indícios apontam na opinião do delegado para o latrocínio. José Ismar Eugênio foi encontrado morto a facadas no último domingo (28) dentro do apartamento dele no Pedro Gondim, em João Pessoa.

De acordo com a Delegacia de Crimes Contra a Pessoa, além de ter realizado todos os procedimentos de costume no local de crime – como isolamento da área e recolhimento de vestígios pela equipe do Instituto de Polícia Científica (IPC) – a polícia já ouviu diversas pessoas, entre familiares, vizinhos e amigos do ator.

Artistas realizam protesto

Artistas circenses, palhaços, atrizes e integrantes de movimentos sociais farão uma “palhaceata” contra os crimes homofóbicos registrados em João Pessoa, na próxima terça-feira (5), às 15h30, em homenagem ao ator Ismar Pompeu (palhaço Pirulito), encontrado morto a facadas no último domingo (28). A concentração será no Theatro Santa Roza, no Centro.

Os organizadores do evento querem que a polícia investigue se os crimes estão sendo executados pela mesma pessoa ou até grupo. “Os métodos são os mesmos, usam arma branca e sempre são crimes com altos requintes de crueldade. O cenário quase sempre é o mesmo, a casa e o apartamento das vítimas”. A Paraíba ocupa o segundo lugar em assassinatos de homossexuais no Brasil, perdendo apenas para Pernambuco.

“É de estarrecer que toda a sociedade silencie diante de algo assim, até hoje pouquíssimos casos foram solucionados ou se descobriu os criminosos”, diz o artista e dançarino Vant Vaz, da Tribo Ethnos.

Segundo ele, as pessoas podem se juntar ao protesto com os artistas circenses para pedir um basta contra a violência. “Pedimos que as pessoas se vistam de palhaços ou usem cores, levem apitos, cornetas, percussões, trombetas, confetes e serpentinas. Vamos celebrar em sorrisos e alegrias a vida desta pessoa humana chamada José Ismar Eugênio Pompeu que muitos de nós conhecemos como Pirulito”, disse Vaz. Músicos, atores e atrizes, palhaços e palhaças, acrobatas, malabaristas, bailarinos e bailarinas, artistas visuais foram convidados a participar da palhaceata contra violência.

Reprodução Cidade News Itaú

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