Abu al Baraa, o chefe do comando islâmico que fez centenas de reféns em um campo de produção de gás na Argélia, morreu nesta quinta-feira (17) durante o ataque do Exército argelino, anunciou um porta-voz do grupo à agência mauritana Nuakchott Información (ANI).
"Um dos chefes mais importantes da brigada Mojtar Belmojtar", Abu al Baraa, morreu na ação no campo de In Aménas, disse o porta-voz ao site de notícias mauritano Al Ajbar.
Al Baraa informou na quarta-feira à rede de televisão Al Jazeera que havia feito 41 reféns estrangeiros, procedentes de Noruega, França, Estados Unidos, Reino Unido, Romênia, Colômbia, Tailândia, Filipinas, Irlanda, Japão e Alemanha.
No ataque do Exército, pelo menos 34 reféns e 15 militantes morreram.
"De provável nacionalidade argelina", Al Baraa nasceu no final dos anos 70 e se integrou ao Grupo Salafista para a Pregação e o Combate (GSPC) no início dos anos 2000, segundo o site Al Ajbar.
Al Baraa contribuiu especialmente para a instalação dos grupos armados islâmicos no norte do Mali e defendia a necessidade de se derrubar os regimes da região para completar a Primavera Árabe, acusando os governos em Argel e Nuakchott de ser agentes da França.
O comando justificou o sequestro como uma represália à operação francesa contra os jihadistas no norte do Mali. Os aviões franceses que atacam os rebeldes malinenses sobrevoam o espaço aéreo argelino.
Mojtar Belmojtar, que dá nome ao grupo que realizou o sequestro, é um ex-comandante da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) que decidiu criar sua própria organização em outubro passado. O argelino também é conhecido como "Senhor Marlboro" por seu envolvimento no contrabando de cigarros.
Fonte: G1/Cidade News Itaú
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