A crise da saúde pública não é o único destaque negativo que o noticiário nacional mostrou nos últimos dias sobre o Rio Grande do Norte. Na edição desta manhã do Bom Dia Brasil, as dificuldades enfrentadas pelos parques eólicos no Estado também foram mostradas. Mais precisamente a situação dos cataventos instalados na cidade de João Câmara, a 74 quilômetros de Natal.
A reportagem mostrou que no Nordeste, o vento está a favor, mas o setor de energia elétrica não pode aproveitá-lo como deveria. Isso porque 26 novos empreendimentos, concentrados no Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte, estão prontos, mas não funcionam.
O motivo para essa paralisação seria o fato dos aerogeradores dependerem das linhas de transmissão que vão ligar o que é gerado ao Sistema Nacional de Distribuição de Energia Elétrica. “Por causa do atraso na implantação destas linhas, o país ainda não pode contar com o reforço da energia que está pronta para ser produzida em novos parques eólicos”, apontou a matéria.
As linhas de transmissão e subestações são responsabilidade de duas concessionárias, entre elas a Chesf, Companhia Hidroelétrica do São Francisco, que atribui o atraso principalmente à demora nas licenças ambientais para as instalações. Na última semana elas foram concedidas para a construção de linhas nos parques eólicos de Caetité, na Bahia, e de João Câmara, no Rio Grande do Norte. “Tendo isso a gente começa a obra e em oito meses a gente põe ela de pé”, afirma Ailton Lima, diretor de Engenharia e Construção da Chesf.
Vale lembrar que esse problema já havia sido noticiado a cerca de uma semana, quando uma das empresas de energia eólica instalado no RN cogitou deixar o Estado e investir no Maranhão devido ao atraso na implantação dessas linhas de transmissão.
Tantos cataventos parados, segundo a matéria do Bom Dia Brasil, as concessionárias das linhas de transmissão receberam multa de R$ 12 milhões da Agência Nacional de Energia Elétrica. As eólicas fazem falta em um momento em que os reservatórios do Nordeste estão com nível baixo por causa da seca, o que diminui a energia que vem das hidrelétricas. “O sistema tem que compensar isso com alguma outra fonte de energia”, ressalta Adão Linhares, presidente da Câmara Setorial de Energia Eólica.
Segundo a matéria, mesmo sem produzir, os parques eólicos recebem o pagamento previsto no contrato porque foram entregues no prazo. Desde julho já passa de R$ 134 milhões, valor que deve triplicar até que as linhas entrem em operação no segundo semestre deste ano.
Reprodução Cidade News Itaú
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