A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) informou nesta sexta-feira (14) que recebeu do Santander uma lista com um total 1.280 funcionários demitidos no início de dezembro em todo o país, após determinação da procuradora regional do Trabalho da 10ª Região do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ana Cristina Tostes Ribeiro, durante audiência de mediação realizada na quarta-feira (12), em Brasília.
"As demissões realizadas pelo Santander aconteceram sem qualquer discussão prévia com o movimento sindical e sem nenhuma justificativa", afirmou, em comunicado, Ademir Wiederkehr, funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT.
Procurado pelo G1, o Santander não comentou a lista e manteve o mesmo posicionamento divulgado na semana passada, no qual confirma a demissão de "cerca de 1.000 pessoas de seu quadro de funcionários".
"Considerando que o banco emprega 55.000 pessoas, essa redução representa aproximadamente 2% de sua força de trabalho", diz o comunicado do Santander.
Segundo o banco, as mudanças organizacionais "visam preparar o banco para acompanhar o processo de transformação do sistema financeiro nacional e à nova realidade de competitividade da indústria".
Na audiência no MPT, a Contraf defendeu a reversão de todos os desligamentos ocorridos em dezembro e cobrou a abertura de um processo de negociação sobre emprego com o Santander.
A confederação destaca ainda que, durante a audiência em Brasília, o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias, propôs a suspensão das demissões efetuadas em dezembro e a abertura de um processo de diálogo e negociação coletiva, resguardando as medidas já tomadas pelas entidades sindicais.
Fonte: G1/Cidade News Itaú
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