Após ter sido afastado pela Justiça na última sexta-feira (21), o vereador Ney Lopes Júnior (DEM) reassumiu a Prefeitura do Natal, na manhã desta quarta (26). E um novo problema já surgiu para ser resolvido nas 72 horas, ou três dias úteis, em que o democrata ficará no comando do Poder Executivo: a denúncia de que medicamentos adquiridos pela Prefeitura nos anos de 2010 e 2011 estariam vencidos e prestes a serem incinerados.
“Entrei em contato com a secretária de Saúde para que ela me passe todas as informações. Quero saber se os remédios já foram comprados vencidos ou se estragaram em poder da Prefeitura, quero saber as quantidades e tipos de medicamentos, além das pessoas responsáveis pelas compras”, afirmou o prefeito, que cogitou instaurar uma comissão de sindicância para apurar a situação. “Soube do problema na sexta-feira, mas com meu afastamento judicial, fiquei impossibilitado de tomar qualquer providência”, ressaltou Ney.
O democrata foi reconduzido ao cargo após a decisão do ex-presidente da Câmara Municipal de Natal, Edivan Martins (PV), de renunciar ao cargo após decisão do desembargador Amaury Moura. Na qualidade de primeiro vice-presidente, Ney Lopes primeiro ocupou o cargo vago de presidente da Casa, para logo em seguida assinar termo de entrada de exercício na função de prefeito. Com isso, a vereadora Júlia Arruda, segunda vice-presidente, assumiu a presidência da Câmara.
Como tem feito sempre desde que assumiu o comando do Executivo, Ney Lopes reiterou prioridade total para o pagamento dos salários de dezembro do funcionalismo, ameaçados devido à crise financeira da Prefeitura. “Essa é a nossa principal meta. Na semana passada o pagamento do lote 1, com os salários até R$ 1.500, estava garantido, mas meu afastamento atropelou o processo. Tenho a informação que hoje entrou uma parcela do ICMS e que foi liberada um valor de R$ 3 milhões numa ação trabalhista que corria no TRT. Vou entrar em contato com o presidente do TRT para que, apesar do recesso, os valores sejam depositados”, afirmou. Segundo ele, na última sexta-feira, a Prefeitura tinha em caixa R$ 12 milhões, dos R$ 40 milhões necessários para pagar a folha.
A interrupção da coleta de lixo, que ocorreu na noite da segunda-feira (24), foi outro fator que pegou o prefeito de surpresa. “Eu tinha uma reunião agendada para a segunda-feira, no sentido de evitar essa paralisação. Vou agora procurar o Exército e convocar as empresas para fazer o que for necessário e retomar a coleta”, disse Lopes. Ele avalia que o caos instalado na Prefeitura é uma "situação histórica para Natal e para o Brasil" e pede a compreensão da sociedade. "No curto espaço de tempo que tenho, estou tentando fazer o máximo", apela.
Fonte: Defato/Cidade News Itaú
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