Figura ilustre da Bahia, Claudionor Viana Teles Veloso, a Dona Canô, morreu aos 105 anos, nesta terça-feira (25), na casa dela, na cidade de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano. Dona Canô havia sido internada no Hospital São Rafael, em Salvador, no dia 15, após sofrer uma isquemia cerebral transitória. Em novembro, ela já havia sido internada com uma infecção respiratória. Na sexta-feira passada (21), Dona Canô recebeu alta e foi para casa. Ela passou a noite de Natal cercada pelos filhos e netos.
A matriarca teve oito filhos, entre eles os cantores Caetano Veloso e Maria Bethânia. Em 16 de setembro, Dona Canô completou 105 anos, reunindo amigos e a família em uma missa e comemoração em casa, como tradicionalmente fazia na cidade de Santo Amaro. Nascida em 16 de setembro de 1907, Dona Canô se tornou a personalidade mais conhecida da cidade de Santo Amaro (antiga Santo Amaro da Purificação), a 72 km de Salvador, e é considerada o símbolo da mãe baiana. Sua casa, na avenida Ferreira Bandeira, 179, é um dos pontos turísticos da cidade.
Mesmo sendo de uma família humilde, estudou no Colégio das Sacramentinas, onde frequentou aulas de francês e teatro. Em janeiro de 1931, casou-se com José Telles Veloso, o seu Zeca, telegrafista da Companhia de Correios e Telégrafos. Por volta de 1940, ela começou a investir na carreira artística dos filhos, principalmente na de Caetano, que gravou o primeiro disco aos dez anos de idade. Por conta do exílio de Caetano, no final 1960, Canô ficou dois anos de meio sem vê-lo. Em 1984, voltou para a cidade de Santo Amaro, onde viveu até hoje.
Dona Canô deu nome a um centro oftalmológico para pessoas carentes, além de uma ponte no aeroporto de Salvador, um teatro e uma biblioteca pública. Também dá nome à canção Dona Canô, de Caetano Veloso, gravada por vários artistas, entre eles Maria Bethânia e Daniela Mercury.
Redes sociais
A morte de Dona Canô repercutiu nas redes sociais, como no microblog Twitter. O apresentador de TV Luciano Huck expressou carinho a todas as gerações da família de artistas. “Queria deixar aqui meu carinho a todas as gerações da família Veloso. E minha admiração pelos 105 anos de lucidez e sabedoria de Dona Canô”, escreveu.
Fonte: Diário de Pernambuco/Cidade News Itaú
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