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sexta-feira, dezembro 28, 2012

Médicos do Estado pedem demissão por causa dos baixos salários


Médicos pertencentes ao quadro de funcionários do Governo do Estado estão pedindo demissão. A justificativa seria os baixos salários pagos pela administração pública e a possibilidade de ganhar até quatro vezes mais prestando serviços por meio das cooperativas. A informação é do presidente do Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed), Geraldo Ferreira.

De acordo com Geraldo, a baixa remuneração e as más condições de trabalho têm levado os médicos, principalmente aqueles em início de carreira, a deixar o serviço público. “Há uma fuga de profissionais do Estado devido a melhores propostas dos setores privados e até mesmo de outros estados que já implantaram o piso nacional da categoria”, informou o médico.

Nesta sexta-feira (28), o Sinmed realiza um protesto contra o Governo no cruzamento da Avenida Rio Branco com Rua João Pessoa, no centro de Natal, a partir das 8h30. Entre os pontos citados acima, a categoria, oficialmente em greve há oito meses, pede o fim das terceirizações no atendimento médico tanto no Estado quanto nos Municípios.

“A terceirização é ruim. Ela enfraquece a luta dos profissionais por uma melhor remuneração e por uma carreira no serviço público. Quando o médico que atende à população vem de uma cooperativa, não se sabe qual é a formação dele, se ele é qualificado ou não para atender a demanda da população”, relata Geraldo.

O presidente do Sinmed informou ainda que o sindicato tem ações na Justiça contra a terceirização do atendimento médico. “A população precisa entender que é o dinheiro dela que está indo pelo ralo. Veja o exemplo da UPA de Pajuçara, que, ao ser administrada por um interventor, passou a economizar R$ 1,1 milhão por mês”, exemplificou.

A assessoria da Secretaria de Saúde Pública do Estado informou que o pedido de demissão de médicos é normal, como o de qualquer outra profissão. Ainda segundo a Sesap, a taxa de pedidos de demissão dessa categoria está dentro do aceitável. 

Fonte: Defato/Cidade News Itaú

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