O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou ontem que o MEC está investigando duas faculdades do interior de São Paulo suspeitas de envolvimento com irregularidades apontadas na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal: a Faculdade de Ciências Humanas de Cruzeiro (Facic), de Cruzeiro (SP), e a Faculdade de Dracena, na cidade de Dracena (SP).
Segundo o Ministério Público, há indícios de que a Facic, da família de Paulo Vieira, teria servido para lavar o dinheiro da quadrilha. Segundo a PF, Vieira é o chefe da quadrilha acusada de fraudar pareceres para beneficiar empresas junto a órgãos federais.
Vieira teria usado sua influência no MEC para alterar dados e beneficiar a Facic. No período em que a faculdade obteve autorização do MEC para oferecer cursos a distância, Vieira esteve em contato com dois servidores do MEC indiciados na Operação Porto Seguro.
Já a Faculdade de Dracena é suspeita de ter emitido diplomas falsos em nome de José Cláudio de Noronha, ex-marido de Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, e em nome do delator do esquema, Cyonil Borges Júnior, ex-funcionário do Tribunal de Contas da União.
Mercadante disse que o MEC investiga se a Facic foi beneficiada irregularmente com permissão para cursos a distância:
— Até agora, não identificamos nenhuma irregularidade. De qualquer forma, a instituição foi colocada sob supervisão, o que significa que ela não tem autorização para nada antes que o MEC termine uma análise rigorosa e completa de tudo o que aconteceu.
Mercadante tranquilizou os alunos:
— Eles devem continuar o curso. As medidas do MEC, a princípio, não têm interferência na vida acadêmica deles.
Fonte: O Globo/Cidade News Itaú
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