Delegado Júlio Costa, titular da Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações | (Foto: Ricardo Araújo/G1) |
A Justiça do Rio Grande do Norte decretou a prisão preventiva de 20 pessoas suspeitas de integrarem uma quadrilha de estelionatários que, segundo a polícia, clonava cartões de crédito no RN e aplicou golpes no valor de R$ 3 milhões no comércio potiguar e nos estados da Paraíba, Alagoas e Pernambuco. Todos são investigados na Operação Clone, deflagrada pela Polícia Civil no dia 6 deste mês.
As prisões preventivas foram solicitadas pelo delegado Júlio Costa, titular da Delegacia de Falsificações e Defraudações. “Os mandados de prisão expedidos pela Justiça tinham, inicialmente, caráter temporário. Agora, 20 destas prisões se tornaram preventivas”, confirmou o delegado, explicando que “a prisão preventiva consiste na reclusão dos suspeitos durante todo o período de instrução processual. Com o decreto, os acusados devem, segundo a lei, permanecer detidos até o julgamento do processo”.
Ainda segundo Júlio Costa, cinco suspeitos foram soltos porque a polícia não considerou mais necessária mantê-los sob a custódia do Estado. Entre eles, três mulheres que trabalhavam numa rede de supermercados e forneciam os dados dos cartões de clientes para membros da quadrilha, o vereador Francisco Silvanei do Santos, o Francisco do Peixe, eleito pelo município de Rio do Fogo, no litoral Norte potiguar, e um empresário da cidade de Santa Cruz, na região Agreste, que pagou fiança de R$ 7 mil e também foi posto em liberdade.
Operação Clone
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deflagrou, no dia 6 deste mês, uma operação para prender falsificadores de cartões de crédito que atuam no RN e ainda em Alagoas, Pernambuco e Paraíba. A ação, batizada de Clone, objetivou o cumprimento de 27 mandados de prisão temporária (20 foram cumpridos na ocasião) e outros 32 de busca e apreensão.
Segundo o delegado Júlio Costa, titular da Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações, a quadrilha aplicou golpes de aproximadamente R$ 3 milhões. "Eles compravam equipamentos para clonar cartões de crédito em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, e falsificavam cartões aqui em Natal. Depois, aplicavam golpes no Rio Grande do Norte, em Alagoas, em Pernambuco e na Paraíba", contou o delegado. Em Ribeirão Preto, 100 mil cartões falsos foram apreendidos.
Para clonar as tarjas magnéticas dos cartões de crédito, a quadrilha contava com o apoio de pelo menos três funcionárias de uma rede de supermercados com atuação em todo o Nordeste. Por cada dado de cartão clonado, cada uma delas recebia entre R$ 50 e R$ 100.
Fonte: G1/Cidade News Itaú
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