Promotores militares buscarão a pena de morte para o soldado norte-americano acusado de matar 16 afegãos em um dos casos mais atrozes da guerra no país, oficiais militares informaram nesta quarta-feira.
"Esta decisão foi tomada após a revisão do artigo 32 do relatório de investigação", disse um comunicado da Base Lewis-McChord, se referindo às informações compiladas das chamadas Audiências do Artigo 32.
O sargento Robert Bales enfrenta 16 acusações de assassinato, seis de tentativa de homicídio, sete de ataque, duas por uso de drogas e uma por ingestão de álcool. Das 22 vítimas, 17 eram mulheres ou crianças e a maioria foi morta com um tiro na cabeça.
Bales enfrentará uma corte marcial completa autorizada a sentenciá-lo à pena máxima pelo massacre cometido em março, segundo as autoridades militares.
"O governo buscará a pena de morte", disse à AFP o porta-voz da base Gary Dangerfield.
A corte marcial será realizada nesta base, ao sul de Seattle, no estado de Washington (oeste), apesar de não ter sido fixada uma data para o julgamento.
Se for condenado por todas as acusações, a pena máxima será a morte", afirmou a nota da base.
Bales, de 39 anos, é acusado de sair de sua base no distrito de Panjwayi, na província de Kandahar (sul), na noite de 11 de março deste ano, para cometer os crimes. Nove das vítimas eram crianças e, segundo o relatório, várias delas foram queimadas.
O massacre, considerado o crime mais mortal cometido por soldados norte-americanos durante o conflito de mais de 10 anos de duração, levou ao limite as relações entre Washington e Cabul.
Fonte: Portal Uol/Cidade News Itaú
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