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sábado, dezembro 01, 2012

Escola dos EUA usava caixa para isolar criança com distúrbio


Uma escola pública de Longview, em Washington, nos EUA, vinha usando, nos últimos quatro anos, o que chamavam de “cabine de isolamento”, para confinar alunos com distúrbios em momentos de surto. Na última terça-feira (27), fotos da tal cabine foram postadas no Facebook, gerando comoção entre os internautas. No dia seguinte, diante da repercussão negativa, a escola suspendeu o uso da caixa. O caso foi relatado pelo canal de TV "Katu".

A Mint Valley Elementary School tem entre os alunos crianças com distúrbios comportamentais, que faziam parte de um programa de educação especial. Segundo a escola, a caixa era usada para acalmar os estudantes em momentos de surto, e evitar que eles "machucassem a si próprios ou a outros colegas".

De acordo com a reportagem, Ana Bate, mãe de um aluno da escola de Longview, foi quem publicou as fotos na rede social. O filho dela, de 10 anos, não faz parte do grupo da educação especial, mas o menino contou ter visto várias crianças indo para a caixa. Ela considerou a prática abusiva.

Porta-voz das escolas públicas de Longview, Sandy Catt rebateu as críticas: “As pessoas são cheias de opiniões próprias mesmo sem ter as informações necessárias. Eu não classificaria como abusivo”, disse ela na reportagem.

Segundo a escola, a diretoria tinha permissão dos pais de nove alunos para confiná-los na cabine quando julgasse necessário (o colégio tem 6.500 estudantes). Ana Bate disse ao jornal que questionava pais que concordavam em deixar as crianças entrar na cabine.

Outros distritos de Washington, no Noroeste dos EUA, usam quartos semelhantes, mas o estado não informou quantos, pois cada distrito escolar trabalha de forma autônoma.

Os americanos Jim e Mandy McCracken contaram ao "Katu News" que nunca deram permissão para que a filha, de 7 anos, fosse trancada em uma sala de reclusão na escola Elma Fundamental - o que, segundo eles, aconteceu por três horas e meia, em outubro.

"Quando saiu de lá, ela parecia um zumbi," disse Jim McCracken . "Eu tentei falar com ela, mas ela não quis falar comigo. É muito difícil para uma criança que tem autismo."

Fonte: O Globo/Cidade News Itaú

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