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sexta-feira, dezembro 21, 2012

Divulgado resultado das primeiras previsões meteorológicas para o Nordeste


Meteorologistas de todo o Nordeste se reuniram esta semana em Campina Grande (PB) para analisar as condições do tempo e traçar as primeiras previsões para o ano de 2013. O encontro aconteceu no período de 17 a 19 deste mês e contou ainda com a presença de representantes do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE), de São Paulo, responsável pelos estudos sobre a previsão do tempo.

O meteorologista e professor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), professor José Espínola, esteve presente no encontro. Segundo ele, a previsão preliminar mostrou que no período de janeiro a março devem ocorrer precipitações chuvosas entre a média ou em nível abaixo da média, ou seja, a perspectiva é de que nem seja tão seco como este ano e nem tão chuvoso em outros anos. As primeiras análises indicam ainda que a distribuição das chuvas será irregular, o que significa que pode chover muito em uma cidade e não chover em outra. Essa é uma característica de um período chuvoso de precipitações médias.

Segundo Espínola, o nível de confiabilidade dessa primeira previsão é pequeno e deve ser aprimorado, com a realização das futuras reuniões. Ele informa que, a partir de agora, as reuniões serão realizadas mensalmente. Em janeiro, o encontro ocorre em Fortaleza, em fevereiro a reunião acontecerá em Natal e em março será realizada em Recife.

O meteorologista explica que, para ter previsões mais precisas, será necessário esperar que a temperatura do oceano se defina, pois a água que banha a costa do Rio Grande do Norte e do Ceará está fria e para o período chuvoso ser bom é necessário que elas se aqueçam.

Em fevereiro, a zona de convergência intertropical, que é uma camada de nuvens que se forma na costa do Ceará e Rio grande do Norte até o Maranhão, é quem deve definir as chuvas de inverno, que, na nossa cidade, costumam cair no horário da tarde.

De acordo com Espínola, o nosso período de chuvas vai de fevereiro a maio. Ele lembra ainda que o verão começa hoje, mas, como a nossa região está localizada acima da linha do Equador, com uma concentração de raios solares, praticamente, igual durante todo o ano, as mudanças de estação não apresentam muitas variações, como acontece no Sul do País.

De acordo com Espínola, as primeiras previsões, realizadas no final de dezembro de 2011 e início de janeiro deste ano eram otimistas, porém, o tempo muda muito, sobretudo, por causa das mudanças nas condições climáticas.

O meteorologista comenta ainda que as chuvas de dezembro e janeiro não são características do nosso inverno, são chuvas provenientes do restante das frentes frias que ocorrem no Sul do Brasil.

SECA – Durante a reunião realizada em Campina Grande, cada profissional apresentou a situação do Estado que estavam representando. A constatação é de que a seca assolou todos os Estados. Além disso, eles analisaram modelos de previsão de diferentes institutos, uma vez que as instituições meteorológicas de outros países também têm interesse no que acontece no Nordeste brasileiro.

Em 2012 choveu 199 mm em Mossoró, no período de janeiro a abril. Um índice bastante inferior à média, que é de 680 mm por ano. Por isso, este ano é classificado como um dos anos mais secos de todos os tempos.

Espínola comenta que, de acordo com a escala meteorológica, a classificação é a seguinte: muito seco, seco, moderadamente chuvoso, chuvoso e muito chuvoso. A nossa situação é classificada como muito seca.

Fonte: Gazeta do Oeste/Cidade News Itaú

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