A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico Nacional e Internacional de Pessoa do Senado Federal retorna a Natal nesta segunda-feira (3), às 8h, para realizar uma audiência pública, na Assembleia Legislativa. Nela, serão feitas oitivas com as famílias das cinco crianças desaparecidas no bairro Planalto, entre os anos de 1998 e 2001: Moisés Alves da Silva; Joseane Pereira dos Santos; Yuri Ribeiro Cardoso; Gilson Enedino da Silva e Marília da Silva Gomes, todos pequenos, filhos de famílias carentes do bairro Planalto.
A CPI do Tráfico de Pessoas, que tem como vice-presidente o senador Paulo Davim, esteve em Natal em maio deste ano, quando foi feita uma audiência pública em que se discutiu, principalmente, o fato de Natal fazer parte da rota do tráfico de pessoas para o exterior. Naquela ocasião, aventou-se a possibilidade de a CPI intervir também para que fossem retomadas as investigações a respeito do desaparecimento das crianças, filhos e filhas de famílias carentes do bairro Planalto e que desapareceram sem deixar rastro. A terá um caráter diferente, já que diligências da CPI do Tráfico de Pessoas deverão ouvir os familiares das crianças, para maior recolhimento de detalhes, na tentativa de esclarecer o máximo possível o que ocorreu, à luz do que viveram aqueles pais e mães.
Ao final das diligências, não só em Natal, como em várias outras cidades do Brasil, onde existe essa prática criminosa e uma das mais rentáveis no mundo, ficando atrás somente do tráfico de drogas e de armas, a CPI do Tráfico do Senado Federal deverá preparar um relatório, cuja responsável é a senadora Lídice da Mata para autoridades competentes como Ministério Público e Ministério da Justiça.
“Quando estivemos aqui em maio, solicitamos ao Ministério da Justiça que a Polícia Federal entre no caso, de maneira que possamos avançar nas investigações e dar uma resposta para aquelas famílias que vivem uma das mais horrendas aflições: a de perder um filho e não saber do seu paradeiro”, disse o senador Paulo Davim.
Além dos familiares das crianças, devem participar da audiência o secretário estadual de segurança pública, Aldair da Rocha, o procurador-geral de Justiça Manoel Onofre Neto, e o delegado da Polícia Civil Márcio Delgado.
Fonte: DN Online/Cidade News Itaú
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